A comunidade escolar está denunciando o possível fechamento do Centro Estadual de Educação Profissional Em Saúde Adélia Teixeira, em Vitória da Conquista. A escola oferece cursos profissionalizantes para estudantes de nível médio para as áreas de enfermagem, segurança do trabalho, alimentos, nutrição, meio ambiente e análises clínicas.
Em entrevista ao UP notícias, na segunda-feira (6), Toni Alcântara, Diretor Geral da Delegacia Planalto da Conquista da APLB-Sindicato, falou sobre a preocupante situação. De acordo com ele, já estão sendo finalizadas as atividades do ano letivo, mas as matrículas para 2022 na unidade não foram autorizadas pelo Núcleo Territorial de Educação do Estado da Bahia (NTE-20).
“Nós estamos extremamente preocupados porque o que faz a escola ter vida é a matrícula de estudantes e a Escola Adélia Teixeira, ela não tomou uma decisão unilateral de não matricular alunos. A decisão de não matricular alunos é uma decisão do NTE- 20 que representa o Governo do Estado. E isso sem dúvida nenhuma vai provocar diretamente o fechamento da escola Adélia Teixeira”, declarou.
Segundo Toni, além de uma boa estrutura, a escola ainda possui um dos melhores índice do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da Bahia. Para ele, não existem motivos que fundamentam a decisão do Governo do Estado de fechar a unidade escolar.
“Nós enquanto sociedade conquistense, em especial a APLB, nós estamos combatendo essa postura porque não houve diálogo. A Escola Adélia Teixeira é uma das melhores da Bahia, o índice do IDEB que mede a qualidade de ensino da educação é um dos melhores da Bahia. Nós sabemos que quando se fecha uma escola, se fecham sonhos, se fecham histórias, se fecham oportunidades. E nós enquanto sindicato, nós iremos combater qualquer tentativa de fechar a escola”, explicou.
Toni ainda questiona a falta de diálogo entre a Secretaria de Educação do Estado da Bahia e a comunidade escolar “ É inadmissível que o Governo do Estado tenha essa audácia, essa petulância de querer fechar a escola Adélia Teixeira, sem dialogar com a comunidade escolar, sem dialogar com a comunidade de Vitória da Conquista.
Atualmente, 40 professores e uma média de 15 profissionais que atuam na segurança, cozinha e secretaria trabalham na escola e temem ficar sem emprego. O diretor da APLB declarou que já está atuando para combater a tentativa de fechamento da escola Adélia Teixeira.
“Nós enquanto sindicato, nós iremos combater qualquer tentativa de fechar a escola. Inclusive, nós já iremos agendar uma reunião com o Ministério Público, através da promotora Guiomar Miranda, já procuramos a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, por meio do seu presidente Valdemir Dias, então nós vamos agendar uma reunião com o secretário da educação, nós iremos buscar todas as portas necessárias para impedir o fechamento da escola”, informou.
