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No Dia Internacional da Mulher, SIMMP protesta contra PL da Prefeitura. “Infelizmente, não temos o que comemorar”, diz presidente

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8, foi marcado por luta para o Sindicato Municipal do Magistério de Vitória da Conquista (SIMMP). Para o Sindicato Municipal do Magistério de Vitória da Conquista (SIMMP), o Dia Internacional da Mulher foi marcado por luta. Nesta sexta-feira (8), professoras da rede municipal de ensino foram às ruas em protesto por valorização e respeito.

O sindicato, ao lado de professoras e professores, participaram da 5ª Marcha de Mulheres de Vitória da Conquista. O ato político reuniu diversos segmentos da sociedade civil. Além disso, o SIMMP realizou uma assembleia, na porta da Prefeitura, contra o Projeto de Lei nº 02/2024, que propõe o reajuste salarial aos servidores públicos municipais. O PL e gerou grande revolta nos sindicatos da cidade, após ter sido enviado à Câmara Municipal de Vereadores sem diálogo.

Em entrevista ao Blog do Sena, a presidente do SIMMP, Greysse Leôncio, criticou a atitude da prefeita Sheila Lemos (União Brasil) de definir, sem diálogo, o reajuste salarial dos servidores. “A primeira reunião com o sindicato foi agendada para hoje às 10h30 de um Projeto de Lei que visa retirar direitos da carreira do professor. Já está tramitando na Câmara desde o dia 4 de março. Esse é o governo que disse que dialoga com o sindicato. Um governo que passa por cima, que tratora as instituições financeiras para negociação coletiva entre governo e categoria de professores, está mais uma vez, passando por cima do sindicato representativo da classe, encaminhando um Projeto de Lei à revelia do sindicato, sem nenhuma discussão, sem nenhuma análise”, disse Leôncio.

De acordo com a presidente do SIMMP, hoje, no Dia da Mulher, as professoras da rede municipal de Vitória da Conquista não tem o que comemorar. De acordo com ela, a categoria vem perdendo direitos que já haviam sido conquistados, como a queda dos percentuais dos interstícios, de 13% para apenas 3%.

“Infelizmente, não temos o que comemorar relação à nossa carreira. São cinco anos de decadência, são cinco anos de desmonte. Saímos de um interstício de valorização por graduação, por formação de 13% para 3%. É uma queda livre de 10% dentro da nossa carreira, quando nós deveríamos estar numa ascensão a cada ano, ter mais valorização, mas não é essa a nossa realidade. Falta vontade política, falta compromisso com a educação, falta compromisso com o professor, porque não existe educação de qualidade se não tiver o professor valorizado dentro da sua sala de aula”, disparou Leôncio.

Além do reajuste salarial e da falta de diálogo na Campanha Salarial 2024, o SIMMP também denunciou os problemas que as escolas municipais, tanto da zona urbana quanto da zona rural, estão sofrendo ao longo dos anos. De acordo com a ela, o sindicato vem lutando por melhorias na merenda escolar, no transporte escolar e nas estradas rurais. Pautas que contribuem com a construção de um ensino de qualidade.

“Mas não é só pela pauta salarial. Nós também lutamos pela qualidade do ensino oferecido na escola. Nós lutamos pela qualidade da merenda que seu filho vai se alimentar. Nós lutamos pela qualidade do transporte em que o seu filho vai circular, um transporte seguro, um transporte que tem um profissional lá para dar a segurança, assistência, o acompanhamento devido. Nós lutamos pelas estradas em que o seu filho vai circular, a manutenção dessas estradas, o ônibus tem ficado atolado, ônibus não tem passado, aulas interrompidas porque não há manutenção nas estradas da zona rural”, explicou Leôncio.

Após a audiência em frente à Prefeitura, o SIMMP caminhou até à Câmara Municipal de Vereadores com o objetivo de pedir a rejeição do PL enviado pela prefeita. Logo depois, participaram de uma reunião na Secretaria Municipal de Educação para discussão do PL. “Na verdade, parece até uma chacota uma reunião, quando já antecipadamente enviou de forma autoritária percentuais sem discutir com a categoria. Então, estamos muito chateados, muito indignados com essa postura da prefeita Sheila Lemos, mas essa atitude já foi uma consequência da forma como ela vem gerindo a cidade, como ela vem gerindo a educação sem diálogo com a sociedade civil, sem diálogo com os sindicatos. Ela governa para poucas pessoas e as pessoas do seu ciclo de interesse”, declarou Leôncio.


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