Cumprindo agenda na região de Vitória da Conquista neste último final de semana, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), entregou importantes equipamentos através das suas emendas parlamentares. Na ocasião, a parlamentar entregou uma Casa de Farinha Móvel ara a Associação de Agricultores Familiares e Trabalhadores Rurais de Salitre Cortesia e Campo, no distrito de Cercadinho, além do Centro de Apoio às mulheres em Situação de violência município de Poções.
Em entrevista ao Blog do Sena, Alice Portugal falou sobre o voto impresso, defendido por Jair Bolsonaro e seus apoiadores. De acordo com a deputada, o presidente já faz um pré-anúncio de tumulto para as eleições de 2022 e defendeu a urna eletrônica.
“A urna eletrônica ela não está em rede, ela não tem nenhum tipo de comprovação de fraude, a abertura das eleições faz-se na frente dos fiscais. Ao final, o mapa da urna é fixado na porta da sessão eleitoral. Isso parece que é um jogo! O presidente Bolsonaro que infelicita a nação com medo de perder já faz um pré-anúncio de tentativa de tumulto nas eleições. Por que se a gente vai coletar as cópias dos votos e ele vai pedir recontagem de milhões de votos no Brasil, a possibilidade de urnas voarem é muito grande, nós não queremos isso para o Brasil, queremos eleições tranquilas, democráticas, transparentes e assim será”, disse Portugal.
Além do voto impresso, outras mudanças na legislação eleitoral estão sendo discutidas no Congresso Nacional. Se aprovadas até um ano antes do pleito valerão já para 2022. As mudanças são significativas e miram desde as cotas até as pesquisas eleitorais divulgadas na véspera da eleição.
Atualmente, o sistema que vigora é o sistema proporcional, no qual os eleitos são definidos por meio de um cálculo que leva em conta todos os votos dados ao partido (voto na legenda) e aos seus candidatos. Mas, o que pode ser aprovado, através da Proposta de emenda à Constituição relatada pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP) é o sistema distritão. Neste formato, são eleitos os mais votados. Os votos dados aos não eleitos são descartados. Só participariam da distribuição partidos que tenham obtido desempenho mínimo (ao menos 30% do resultado da divisão entre o total dos votos válidos e o número de cadeiras em disputa). Sistema migraria depois para o distritão-misto (mescla do proporcional com o distritão).
Segundo a deputada federal, Alice Portugal, o PCdoB defende o voto proporcional. “Na câmara nós defendemos sempre o voto proporcional para que as ideais desfilem de acordo com o seu percentual. Mas, a clausula de barreira imposta foi tão grande que pode matar determinados partidos que não são sopa de letrinhas, são partidos opinativos como o nosso PCdoB que fará 100 anos o ano que vem. E essa realidade é uma realidade que levará possivelmente a defender na semana que vem a aprovação da federações partidárias, esse é o nosso objetivo”, explicou Portugal.