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Muralha Digital: Radares voltam a multar infrantores em Vitória da Conquista a partir desta quinta (16)

A partir desta quinta-feira (16), os radares de monitoramento de velocidade voltarão a funcionar em Vitória da Conquista. A medida tem gerado discussão entre moradores, motoristas e representantes políticos, não apenas pelo impacto imediato na rotina da cidade, mas também pelos custos associados ao projeto Muralha Digital, que integra o retorno dos dispositivos.

O sistema, que já está funcionando de forma experimenta, vai começar a multar os infratores. De acordo com a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, os radares foram reinstalados em pontos estratégicos com alta incidência de acidentes e tráfego intenso. As principais vias contempladas incluem as avenidas Juracy Magalhães, Brumado, Frei Benjamim, Olívia Flores e Rosa Cruz. Os equipamentos começarão a registrar infrações como excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho. A fiscalização eletrônica será integrada ao sistema Muralha Digital, que inclui também 50 câmeras de videomonitoramento instaladas em pontos estratégicos da cidade.

Os radares começam a funcionar após a grande polêmica em torno do projeto Muralha Digital, de autoria do Governo Sheila. A implantação do projeto custou aos cofres públicos municipais o valor de R$ 5.596.113,40, conforme contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Atlanta Tecnologia da Informação Ltda., com vigência de 12 meses a partir de 1º de dezembro de 2023. Desse modo, o custo mensal da implantação da Muralha Digital será de cerca de R$ 458 mil ao mês. O valor do investimento é quase cinco vezes maior do que o utilizado anteriormente com a empresa TIVIC Tecnologia, responsável pelos radares da cidade, que era na ordem de R$ 1,5 milhões.

A administração municipal defende que o investimento é necessário para modernizar a infraestrutura urbana, reduzir acidentes de trânsito e aumentar a segurança pública. Contudo, críticos apontam para a falta de transparência nos gastos e questionam se os valores aplicados correspondem à realidade do projeto.

Outro ponto de crítica é a retirada de radares que estavam em funcionamento antes da implantação do sistema. Representantes da população argumentam que houve prejuízo na fiscalização durante o período sem os dispositivos, contribuindo para o aumento de acidentes e infrações. A prefeitura, por sua vez, afirma que a suspensão temporária foi necessária para adequar os equipamentos ao novo sistema, que inclui o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) localizado na Avenida Juracy Magalhães.

Com o início da operação dos radares, Vitória da Conquista entra em uma nova fase de fiscalização eletrônica e monitoramento. O sistema Muralha Digital, que integra a Guarda Municipal, o Sistema Municipal de Trânsito (Simtrans), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Defesa Civil, tem como objetivo aprimorar a segurança e reduzir acidentes. Resta saber se o projeto atenderá às expectativas da população e se trará os resultados prometidos, em meio às discussões sobre custos e eficiência. A reportagem seguirá acompanhando os desdobramentos deste tema para manter o público informado


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