Uma mulher de 24 anos deu entrada em um hospital para dar à luz e saiu com a mão e punho esquerdos amputados. A amputação, que aconteceu em outubro do ano passado, segue ainda sendo um mistério para a vítima e para a família.
De acordo com a advogada da vítima, Gleice Kelly deu entrada no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste Rio, quando estava grávida de 39 semanas. Ela passou por um parto normal, e o procedimento desencadeou uma hemorragia interna. Com o objetivo de estancar o sangramento, a equipe médica realizou um acesso venoso pela mão da paciente.
“A Gleice Kelly entrou na mesa de parto para ter o terceiro filho, de parto normal e foi um sucesso, a criança nasceu saudável, mas ela teve um sangramento, uma hemorragia que não conseguiam cessar. Então fizeram um acesso venoso e começaram a colocar bastante medicação ali para tentar conter a hemorragia. Só que, o que a gente entende é que esse acesso saiu da veia dela e começou a inchar a mão, trazer dores e inchaço, e ficou vermelho”, contou a advogada Monalisa Gagno ao jornal “O Dia”.
A família alega que, mesmo após pedidos, a equipe médica não buscou entender os motivos que levaram ao inchaço da mão de Gleice e a transferiram para uma unidade da mesma rede hospitalar em São Gonçalo. Nesta unidade médica, a vítima teve a mão e punho amputados. Para completar, a mão e punho desapareceram.
“Até hoje a gente não tem nenhum contato do hospital, nenhuma resposta sobre o que de fato aconteceu. Não houve nenhuma apuração, ninguém explicou pra família, nem no momento e nem antes da cirurgia. Em nenhum momento houve alguma explicação por parte deles e dos médicos que a atenderam sobre o que aconteceu tanto com a hemorragia, quanto a perda do do membro”, disse a advogada.
Em dezembro, Gleice teve sangramentos e voltou à clínica. Após exames, ela foi novamente internada porque o médico havia esquecido parte da placenta dentro da paciente. Isso fez com que ela tivesse que passar por um novo procedimento cirúrgico.
Além de buscar explicações, o centro médico é acusado de não ter prestado auxílio adequado. Tiveram o acompanhamento um profissional ia até a casa da vítima para trocar curativos do corte no braço e nada mais. Agora, a família segue em busca de respostas. (Com informações de “O Dia”)