Moradores do bairro Campinhos, na cidade de Vitória da Conquista, sofrem com a presença de escorpiões dentro das casas e em terrenos abertos. O local é o mesmo em que uma bebê recém-nascida foi picada sete vezes por um escorpião-amarelo e sobreviveu. A pediatra que atendeu Maria Sofia Silva Ferreira no hospital achou o animal, ainda vivo, preso ao cordão umbilical da paciente.
Um morador do mesmo bairro que a pequena Maria Sofia contou que viu um animal dentro da garagem da casa dele e o matou antes que a filha de três anos fosse picada.
Outra moradora do bairro, identificada como Bluma, diz que já matou 31 escorpiões dentro de casa desde o início do ano. A filha dela já foi picada, e levada para uma unidade de saúde do município. O marido dela, por pouco, não passou pela mesma situação.
O bairro Campinhos tem muitos terrenos abertos, o que tem preocupado moradores por causa do aparecimento de escorpiões. Após colocar fogo nas plantações, moradores encontraram mais de 15 animais escondidos sob pedras e entulhos.
Os moradores do bairro esperam que a Prefeitura de Vitória da Conquista faça mais uma limpeza no terreno. A última foi feita no mês de agosto.
Uma galeria também preocupa a população do bairro. A saída de esgoto que passa por toda a localidade de Campinhos acumula baratas, animal que faz parte da cadeia alimentar dos escorpiões.
Caso
No dia 6 de setembro, Maria Sofia Silva Ferreira, de apenas 3 dias de vida, foi atacada por um escorpião. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a criança foi levada para um posto de saúde por familiares após apresentar aumento da frequência cardíaca, excesso de saliva e recusa alimentar.
Na unidade médica, Maria Sofia passou por uma triagem. Após ser atendida, ela foi encaminhada para o Hospital Municipal Esaú Matos. Ao examinar novamente a bebê, os médicos encontraram o animal. O escorpião estava preso no cordão umbilical da criança, escondido dentro da fralda.
De acordo com o laudo médico da unidade de saúde onde a menina foi atendida pela segunda vez, foram aplicadas seis ampolas do soro antiescorpiônico na criança. Após passar três dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a menina teve alta, em 9 de setembro.
Blog do Rodrigo Ferraz