Rafael Teixeira, 28, ainda tentou fugir de tiros e capotou veículo atrás da antiga Cesta do Povo
O motorista Rafael Santana Teixeira, 28 anos, foi morto a tiros na noite desta quinta-feira (2) na Avenida Ongujá, no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador. De acordo com a polícia, o crime aconteceu atrás da sede da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) e antiga Cesta do Povo, na Avenida General Graça Lessa, por volta das 23h.
A assessoria de comunicação da Uber, que opera através de aplicativos, confirmou que a vítima era colaboradora da empresa, mas especificou que Rafael já não estava mais servindo à plataforma há um mês.
Uma fonte na polícia, que preferiu não se identificar, conta que ele havia comentado com conhecidos que estava sofrendo ameaças de morte. Rafael, no entanto, não disse quem estava fazendo as ameaças.
De acordo com a assessoria da PM, uma equipe da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Brotas) foi acionada depois de receber a informação de que um homem estava baleado dentro de um veículo.
Ao chegar no local, segundo a PM, a vítima foi encontrada ferida e presa às ferragens de um carro modelo Kia Cerato. Os policiais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mas, ao chegar no local, os socorristas verificaram que a vítima não tinha resistido aos ferimentos.
A área foi isolada e o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) foi acionado para fazer a remoção do corpo e realizar a perícia no local. Na manhã desta sexta (3), familiares de Rafael estiveram no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) para fazer a liberação do corpo. Eles preferiram não falar sobre a morte do motorista.
Ainda conforme a fonte policial, após ser alvejado, Rafael acelerou o carro, perdendo o controle da direção e fazendo com que o veículo capotasse. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos, que estavam em um veículo não identificado, haviam iniciado uma perseguição à vítima, o alcançando já nas proximidades da antiga Cesta do Povo.
Rafael tinha passagem pela polícia por estelionato. De acordo com a Polícia Civil, em depoimento à polícia, os familiares alegaram que ele era usuário de drogas. O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH-Atlântico).
