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Moradores enfrentam risco diário para atravessar a Avenida Frei Benjamim em Conquista

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A travessia de pedestres na Avenida Frei Benjamim, uma das mais movimentadas de Vitória da Conquista, tem se tornado um desafio perigoso e cotidiano para quem mora, trabalha ou precisa circular pela região. Apesar do limite de velocidade ser de 40 km/h e da presença de radar, o trecho segue marcado por desrespeito às leis de trânsito, excesso de velocidade e imprudência, principalmente por parte de motoristas e motociclistas. As informações foram divulgadas no programa Bahia Meio Dia, da TV Sudoeste.

“Eu fico 30, 40 minutos esperando pra atravessar. Ninguém respeita, nem motorista, nem motociclista. Todo dia é esse transtorno”, relata Patrícia Borges, dona de casa e moradora da região. A cena descrita por ela é facilmente observada por quem para por alguns minutos no local: carros em alta velocidade, motos cortando entre os veículos e pedestres aguardando longos minutos para conseguir atravessar em segurança.

Dona Hemelina Santos, aposentada, conta que já foi hostilizada no meio da rua. “Ia passar e o cara queria passar por cima de mim. Já ouvi xingamento só porque estava atravessando”, lamenta. Situações como essa são frequentes, especialmente para mães que levam os filhos à escola e para idosos que enfrentam dificuldades de locomoção.

A falta de sinalização adequada e a ausência de uma faixa de pedestres agravam ainda mais o problema. Apesar de o local estar sob monitoramento da Muralha Digital, o radar mais próximo fica a cerca de 500 metros do ponto crítico — onde estão localizados uma escola, um posto de saúde e um comércio bastante movimentado.

Dona Ivonete Santos, aposentada, que já foi atropelada duas vezes na mesma avenida, carrega as marcas da violência no trânsito. “Fui atravessar com as sacolas de feira e uma moto me atropelou. Quebrei o joelho e levei sete pontos. Desde então, tenho muito medo dessa rua”, conta.

Moradores afirmam que já fizeram diversas petições solicitando melhorias, mas até agora não houve nenhuma intervenção efetiva por parte do poder público. Enquanto isso, a travessia continua sendo um ato de coragem e resistência. “Estamos aguardando. E, nesse aguardo, muita gente já perdeu a vida aqui”, resume Osvaldo Leandro, eletricista e morador.


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