Os usuários do transporte coletivo em Vitória da Conquista voltaram a denunciar a superlotação dentro dos veículos. Apesar das constantes reclamações, a situação continua se repetindo e parece sem solução.
Em um vídeo enviado para a redação do Blog do Sena, nesta sexta-feira (3), é possível ver que os passageiros da linha R24- Cruzeiro, não têm como ficar longe um do outro e ficam todos tumultuados dentro do veículo.
Uma passageira reclama da aglomeração e diz que a situação se repete todos os dias. “Um ônibus só para o Cruzeiro e entupido. Onde não pode ter aglomeração, olha como nós estamos”, declara.
Segundo os usuários, a situação ficou ainda pior quando foi retirado o ônibus com mais assentos da linha e colocaram um micro-ônibus no lugar. Já que é menor e com poucos lugares para sentar, muitas pessoas que precisam seguir viagem ficam em pé e sem o distanciamento necessário contra o coronavírus.
Atualmente, as duas empresas que operam na cidade são a Viação Rosa, desde 2019, e a Viação Atlântico, desde outubro de 2020, em caráter emergencial. Ou seja, não foi realizado o processo de licitação e a Prefeitura de Vitória da Conquista que, ao alugar os ônibus das empresas, opera o sistema de transporte público na cidade.
Entre maio de 2019 e junho de 2021, só Viação Rosa foi contratada oito vezes pelo governo municipal e recebeu mais de R$70 milhões. Já a Viação Atlântico, foi contratada por R$14.400.000,00 para a locação de 50 ônibus e 10 micro-ônibus por 180 dias, segundo divulgado no Diário Oficial. Cada contrato emergencial tem validade de até 180 dias. Após esse período, o acordo pode ser prorrogado até que seja realizada uma licitação.
No entanto, a licitação ainda segue sem ser realizada. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) chegou a publicar no Diário Oficial o edital para contratar empresas para operar o sistema de transporte público de Vitória da Conquista. Mas, há exatos quatro meses, no dia 3 de maio, a licitação foi suspensa devido aos os pedidos de impugnação que foram levantados pelos licitantes.
Além da superlotação dos veículos, os usuários do transporte público também reclamam de problemas como a constante quebra dos veículos, a qualidade, atrasos, não cumprimento dos horários.