A disputa pela vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios vem gerando muita movimentação entre os partidos da base aliada do PT na Bahia. Um dos favoritos à vaga, o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) reafirmou sua candidatura e relembrou que o acordo que resultou na indicação de Nelson Pelegrino dependeu da retirada de sua candidatura anteriormente.
Em entrevista ao programa UP Notícias, nesta terça-feira (31), o deputado defendeu seu nome. “Da outra vez eu retirei meu nome, escolheram o nome do deputado Nelson Pelegrino, um grande nome, um grande deputado, uma figura amiga. Ficou que eu teria condições de colocar meu nome, meu nome tem legitimidade, meu nome é conhecido. Estou enquadrado no regimento do Tribunal de Contas, na questão do conhecimento técnico, porque tem que conhecer de leis e conhecer de orçamento. Eu como legislador, eu fiscalizo as contas do governador durante 12 anos. Então, eu tenho tudo isso”, elencou.
Fabrício disse que não irá retirar sua candidatura nesse pleito. “Sou candidato? Sou. Quero ter a apreciação dos demais colegas. Eu seria candidato, é minha candidatura é inegociável, porque acho que tenho legitimidade e condições para isso”, assegurou.
Mesmo sem comentar as demais candidaturas, nos bastidores da política estadual já corre uma resistência dos parlamentares, incluindo petistas, acerca da candidatura da ex-primeira-dama, Aline Peixoto. Os deputados não encontram argumentos para justificar o voto na enfermeira, que não possui a mesma trajetória política dos demais concorrente no pleito.
O presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, disse que a candidatura de Aline seria “estranha” e relembrou que a esquerda não tem tradição de escolhas com base em relações familiares. “Seria estranho isso. Soube de um caso parecido com esse em Alagoas. Mas lá é outra história, é um governo do MDB. Na esquerda, não temos essa tradição, de escolhas que envolvem relações familiares. Nós decidimos por militantes, por quadros que constroem nossos partidos”, disse.
Davidson disse ainda que acredita ser a vez do partido assumir a cadeira. Fabrício aproveitou a deixa relembrou que já escolheu pelo menos 10 conselheiros. “O nome que serve para votar, serve para ser votado. Eu lembro de ter dado minha confiança para pelo menos 10, tanto no TCM quanto no TCE [Tribunal de Contas do Estado]. Então, meu nome continua e tem legitimidade para isso”, reforçou Fabrício.