Imagens de peças de cerâmicas de negras e negros escravizados à venda, em uma loja que fica no aeroporto de Salvador, causaram indignação nas redes sociais nesta segunda-feira (7). As imagens foram publicadas pelo historiador carioca Paulo Cruz, que havia visitado a capital baiana e estava no aeroporto para viajar para o Rio de Janeiro, onde mora.
A “mercadoria” causou indignação do turista, e de muitas pessoas nas redes sociais. Segundo Paulo, a imagem foi feita no final da tarde de domingo (6), no estabelecimento.
“Foi um choque tremendo né? Em primeiro lugar porque eu acho que é um tipo de coisa que não deve se comercializar em lugar nenhum, muito menos uma cidade como Salvador, principalmente depois da experiência que eu tive, vendo a vivência das pessoas pretas, dos movimentos e tudo mais”, disse o historiador ao g1. A família materna de Paulo é de Salvador.
As peças, em alusão ao sistema escravocrata que durou até 1888 no Brasil, mostram mulheres e homens acorrentados pelas mãos. Vendidos como “obra de arte”, as cerâmicas estavam na prateleira principal da loja, com uma etiqueta: “Escravos de cerâmica – R$ 99,90, a unidade