Uns dos principais problemas enfrentados pela gestão do Governo Herzem Gusmão (MDB), em Vitória da Conquista, é a atuação irregular de transporte de passageiros. Além da circulação das vans, apontada como principal causa da crise do transporte público na cidade, motoristas de carros particulares continuam fazendo o transporte de passageiros dos bairros ao centro de Conquista, e vice e versa. O tema foi destaque no Programa Redação Brasil, na manhã desta quarta-feira(29) e ouvintes relataram transtornos causados por essa prática.
Os ligeirinhos, como são popularmente conhecidos, cobram alguns centavos a menos em relação a passagem do ônibus circular. Geralmente, o ponto de desembarque no Centro da cidade é ao lado do “Bigode do Pedral”, na Av. Régis Pacheco.
Barato que pode sair caro – Uma mulher, que preferiu não se identificar, relatou ao Redação Brasil, que ficou abismada e assustada com a velocidade que os “ligeiros” andam. Recentemente ela utilizou um desses carros particulares do Vila Serrana IV ao Centro e conta que os ligeirinhos faziam corridas entre eles. “É um barato que pode sair caro”, afirmou a moça.
Disputa com as vans – Segundo o Gordo Repórter, também do Redação Brasil, “os vanzeiros já estão de olho nos ligeirinhos”. Ele contou que os proprietários de vans estão reclamando a atuação dos carros populares e há frequentes confusões no Bigode do Pedral, local que também é utilizado pelas vans como ponto de embarque e desembarque.
Crise no transporte público – Tanto a atuação das vans como dos ligeirinhos não são regulamentadas em Vitória da Conquista. O transporte clandestino de passageiros trouxe grandes prejuízos as empresas de ônibus da cidade. A primeira a sentir o impacto foi a Viação Vitória, que declarou falência em outubro de 2018. A Cidade Verde, única empresa que continua no município, também sofreu o impacto econômico, e cerca de 280 rodoviários ficaram desempregados em 2019.
Para atender o lote 1, deixado pela Viação Vitória, a prefeitura de Conquista, alugou os veículos da Viação Rosa pelo valor mensal de mais de R$ 2 milhões. Apenas até o final do ano passado, a prefeitura teve um prejuízo de quase R$ 4 milhões por estar operando o lote. O Governo Municipal pagou R$ 13.532.009,24 pelo aluguel dos ônibus. Isso é R$ 3.541.050,38 a mais do que o arrecadado com a venda de passagens. De acordo com o Portal da Transparência, na rubrica Serviços e Atividades Referentes a Navegação e ao Transporte, a Prefeitura teve uma receita de R$ R$ 9.834.999,80 no período.
