Nesta quarta-feira (2), estava marcado para acontecer no Fórum João Mangabeira, em Vitória da Conquista, o julgamento de Cairo dos Anjos Barbosa e Daniel Almeida Santos, acusados de assassinar brutalmente o estudante de biologia Micael Costa Almeida, de 30 anos. Familiares e amigos da vítima estiveram presentes com cartazes e camisas estampadas com a imagem de Micael, clamando por justiça. Ele era aluno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).
O crime ocorreu em 28 de março de 2023, quando Micael desapareceu após sair de um posto de combustível em Vitória da Conquista. Seu corpo foi encontrado carbonizado dentro de um carro incendiado, em Barra do Choça, um mês depois, no dia 30 de abril. As investigações da Polícia Civil revelaram que ele foi morto com facadas e golpes de enxada antes de ter o corpo queimado.
No entanto, o julgamento foi adiado para o dia 4 de junho, após o advogado do reú Daniel, Gutemberg Macedo- atual presidente da Ordem dos Advogados subseção de Vitória da Conquista (OAB) – levantar uma questão de ordem. O pedido foi acatado pela defesa do réu Cairo, pelo Ministério Público e pela juíza Janine Soares de Matos Ferraz.
Em entrevista exclusiva ao Blog do Sena, a mãe de Micael, Edna Costa, expressou sua dor e o desejo de que os responsáveis pelo crime sejam punidos. “O que eu mais espero é que eles sejam julgados. O que nós esperamos é justiça, é justiça no caso. Eu não tenho nem palavras para expressar, mas o que posso resumir aqui é que queremos justiça”, disse bastante emocioanda.
Dona Edna falou da dor que sente ao lembrar a forma brutal que o seu filho foi assinado. “Eu, como mãe, meu coração dói, é inexplicável, mas eu quero justiça. Nós, como família e amigos, imploramos por justiça”, declarou.
Já são quase dois anos da morte de Micael. Durante todo esse tempo, a mãe do jovem revela a tristeza que sente devido a falta que o filho faz na famíia. “Muita agúnstia, tristeza, revolta. Chegam momentos que eu penso que isso não aconteceu, mas aí eu acordo para a realidade e olho para trás que já se passararm quase dois anos e eu sem o meu filho. Eu imploro por justiça”, disse indiganada.
O caso teve grande repercussão em todo o estado na época. As investigações apontaram que Micael e um dos suspeitos se conheceram em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis. Posteriormente, seguiram para um sítio, onde ocorreu um desentendimento que resultou no assassinato do estudante. O teor da discussão não foi divulgado pelas autoridades.
O principal suspeito do crime foi preso no dia 13 de maio de 2023, em Vitória da Conquista. Durante a prisão, a polícia encontrou com ele drogas, uma carteira falsa da Polícia Civil, algemas, espadas e outros itens suspeitos. O material foi apreendido e encaminhado ao Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) do município.
Desde o desaparecimento de Micael, sua família não mediu esforços para esclarecer o caso. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela família comprovaram que um amigo do estudante foi a última pessoa a vê-lo com vida. Ele relatou que os dois estavam juntos antes de Micael ser deixado no posto de combustíveis.
O corpo do jovem foi velado na Câmara Municipal de Planalto, cidade onde sua família reside, e enterrado no dia seguinte. O reconhecimento foi feito inicialmente por meio de liberação judicial, antes mesmo da confirmação via exame de DNA.
Agora, com o julgamento dos acusados adiado, a família de Micael espera que a justiça seja feita e que os responsáveis pelo crime sejam devidamente punidos.
