O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que a Polícia Federal (PF) esclareça a uma série de perguntas técnicas sobre a perícia que identificou as digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima ((MDB) no apartamento onde foi encontrado R$ 51 milhões, em Salvador. O pedido foi feito pela defesa ex-ministro e pelo irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima ((MDB). As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Em agosto deste ano, a família Vieira Lima também pediu ao STF determine a quebra do sigilo telefônico do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal na capital baiana. A defesa da família queria saber de qual número partiu a denúncia anônima que levou a Polícia Federal a encontrar o apartamento onde foram encontrados os R$ 51 milhões.
A defesa também queria acesso imediato ao material utilizado na perícia do apartamento, como “fragmentos de impressões papilares” e mídias com gravações de imagens, para análise de um perito próprio. A PF afirmou ter encontrado as digitais de Geddel no local.
Geddel, Lúcio, a mãe deles Marluce e mais duas pessoas são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa nesse caso. Entre as denúncias apresentadas ao Supremo, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou que os R$ 51 milhões têm como possíveis origens propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; e desvios de políticos do MDB.
Geddel está preso desde o dia 8 de setembro de 2017, três dias após a Polícia Federal encontrar o dinheiro no apartamento.