Com uma leve melhora em relação aos dados do ano passado, mas abaixo do registrado nos quatro anos entre 2013 e 2016, a Prefeitura de Vitória da Conquista está em situação fiscal difícil, de acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2019, divulgado no dia 30 de outubro, dois dias antes de a Câmara de Vereadores aprovar parecer favorável à autorização para o prefeito Herzem Gusmão tomar mais R$ 60 milhões emprestados à Caixa Econômica Federal.
O Índice Firjan é um estudo anual construído pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro com base em estatísticas oficiais, a partir de dados declarados pelos municípios à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). É composto por quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimentos. Em 2018, Vitória da Conquista teve um IFGF de 0.5871, considerado de dificuldade. No ano anterior foi de 0.5100 e em 2016 foi 0.6325, quando o conceito foi de boa gestão. Com o índice atual, Conquista ocupa a 45ª posição no ranking estadual, em que o primeiro lugar é de Salvador. Da região Sudoeste, Cordeiros, em 23º, Brumado 13º, e Caculé 50º, aparecem entre os 50 primeiros no estado.
O indicador em que a gestão municipal conquistense tem o pior desempenho é o de investimento – a aplicação de recursos em infraestrutura e obras para saúde e educação – considerado crítico: apenas 0.2599, um pouco melhor que 2017 (0.2668) e muito abaixo de 2016 (0.7338). Na sequência, com o conceito de dificuldade, vem a liquidez, que é a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte. Neste quesito, a gestão do prefeito Herzem Gusmão alcançou um índice de 0.5261. Já em relação a gasto com pessoal, houve melhora nas contas e o índice chegou a 0.5622, mesmo assim, como no caso da liquidez, também situação considerada de dificuldade.
Um dado importante apresentado pelo IFGF 2019 é o crescimento da arrecadação demonstrado pelo IFGF Autonomia, que verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para manutenção da estrutura administrativa. A gestão atual alcançou o nível máximo, 1.000, classificado como de excelência, conceito já registrado em anos anteriores, mas com índices menores: 0.9598 em 2017, 0.8329 em 2016 e 0.8936 em 2015