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Homem acusado de fazer gesto nazista na Ufba é atacado por estudantes; veja vídeo

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O  início da tarde desta quarta-feira (25) foi marcado por uma confusão generalizada em frente ao Restaurante Universitário (RU) do campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em Ondina, Salvador.  Segundo alunos da instituição, tudo começou após um homem ter feito um gesto nazista e atacado os mesários das eleições da reitoria.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram alunos cercando o acusado de fazer a saudação nazista e de insultar os estudantes, enquanto alguns deles o atacavam fisicamente. Uma das participantes do movimento de revolta chega a bater com uma mochila no homem.

“Eu vi como começou. Na fila do RU há uma das mesas da eleição. Esse homem saiu do RU e, na fila, ele começou a andar fazendo um gesto nazista – ele levantou a mão, como saudação – e fez comentários direcionados aos mesários, alguns negros, falando sobre o ‘vitimismo’ de negros e travestis, entre outras coisas. Algumas pessoas também viram que, aparentemente, ele tinha uma tatuagem de suástica”, conta a aluna Myrrha Brazil Veiga, militante do Movimento Correnteza na Ufba.

De acordo com Myrrha, a estudante que aparece batendo com a mochila no homem foi a primeira a confrontá-lo. Somente depois disso que outros alunos se juntaram para atacar o homem, ou afastar as pessoas da agitação.

“Essa moça se sentiu mal com os comentários e foi a primeira a se revoltar, foi para cima dele. Ele correu para o meio, mais perto da biblioteca da Ufba, ela foi atrás dele e ele disse: ‘sai da minha frente’. Teve muita comoção, gritaria. Com isso, ele mudou o discurso, disse que era ‘só uma opinião contrária’ e disse que é contra as eleições da reitoria”, relata.

Depois de um tempo, o homem saiu do local. Exaltada, a aluna que aparece nas filmagens foi acolhida por colegas, que a acompanharam à coordenação da campanha das eleições, no prédio do Instituto de Humanidades, Artes & Ciências Professor Milton Santos (Ihac), na Ufba. Lá, ela foi orientada a prestar queixa na ouvidoria para, posteriormente, tentar abrir um processo.

No momento em que o homem correu para fugir da situação, ele acabou deixando a mochila cair. A peça teria sido revistada por seguranças, que não encontraram nada demais em seu interior.

A apologia ao nazismo e o ataque às eleições proferidos pelo homem preocupam Myrrha. “Eu acho muito sério porque eu sou parte de movimento estudantil e o ataque é muito direcionado ao espaço democratico da universidade pública. Por isso, a mobilização dos estudantes foi muito importante, especialmente diante da possibilidade de uma intervenção do presidente da universidade na escolha do próximo reitor. A moça que se exaltou se sentiu pessoalmente atacada, esse espaço não é para isso, é de diversidade”, disse. Metro 1

 


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