O Prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB) sinaliza que colocará várias exigências para que o contrato de concessão da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA) seja renovado. Durante seu discurso na manhã desta terça-feira(21), no I I Fórum de Economia do Sudoeste da Bahia, Herzem afirmou que a EMBASA terá que pagar R$ 100 milhões para continuar operando no município. Ele defendeu também a privatização da empresa.
O prefeito contratou a GO Associados para realizar estudos sobre a atuação da EMBASA e alternativas à empresa. Ele utilizou os resultados apontados pela GO para falar sobre a renovação ou não do contrato:
“Admitimos até uma possibilidade de renovação com a Embasa, desde que ela deposite em conta no Município mais de R$ 100 milhões para continuar operando o sistemas de abastecimento e esgoto em Conquista”, afirmou Herzem.
O valor pretendido pelo gestor da cidade soa como quase impossível. Visto que, apenas com a construção da Barragem do Rio Catolé, já autorizada e licitada, a Embasa investirá R$ 130 milhões.
Caso a EMBASA não aceite pagar o valor exigido pela prefeitura, e esta decida não renovar o contrato, Herzem terá que lidar com outro entrave. Em 2016, o município de Vitória da Conquista, representado pelo então prefeito Guilherme Menezes, assinou um Convênio de Cooperação Entre Entes Federados se comprometendo a celebrar contrato com a EMBASA pelo prazo não inferior a vinte anos. Para o rompimento do acordo é previsto indenização de R$ 80 milhões.
Privatização – Seguindo a linha política do presidente Jair Bolsonaro, Herzem defendeu a privatização da EMBASA:
“No momento em que o presidente Bolsonaro, acertadamente está estimulando que essas empresas, autarquias, como a Embasa, deixem de operar e que as cidades tenham independência, vida própria”, comentou.
O prefeito frisou a sua intenção:
“Eu não digo para municipalizar não, mas que a gente possa privatizar”.
Segundo Herzem, a GO Associados irá nortear esta decisão da prefeitura.