Blog do Sena – Vitória da Conquista- Bahia

Governo Herzem teria priorizado pavimentação em propriedade privada, afirmam moradores da Cabeceira

Corredor que foi beneficiado pelo asfalto. No local há uma fábrica de doces, de propriedade privada, e residências de uma mesma família

O povoado de Cabeceira, zona rural de Vitória da Conquista, é uma região que votou, nas últimas eleições, massivamente em Herzem Gusmão (MDB). No entanto, a popularidade do prefeito vem despencando na localidade. Os moradores de Cabeceira relatam que a Prefeitura teria deixado incompleta pavimentação do corredor principal do povoado e priorizado apenas algumas propriedades. O Blog do Sena esteve da comunidade para saber mais detalhes.

Segundo os moradores, durante a campanha eleitoral Herzem prometeu 11 km de asfalto, indo do Periperi até o Alto da Cabeceira. A prefeitura utilizou parte do recurso do Finisa, empréstimo concedido pela Caixa Econômica Federal, para pavimentação. Porém, deixou incompleto o corredor principal, que iria beneficiar a todos os moradores, e priorizou apenas o corredor que da entrada para uma fábrica de doces e conta com algumas residências da mesma família. Foi construída também, pelo governo municipal, uma praça em frente a estas casas.

Manoel Messias Gomes questiona o porquê apenas alguns moradores foram beneficiados a mercê dos demais. “ O Herzem, que é o comandante hoje, nosso prefeito, tá fazendo asfalto lá, praça e deixando a gente aqui de lado. Indo lá até o cemitério e asfaltando lá para o dono do quebra queixo”, contou referindo-se à fabrica de doces. “Ele prometeu 11 km de asfalto, mas ficou só no papel. Um não é melhor do que outro. “Logo as eleições já estão aí, ele (o prefeito) está prejudicando nós (sic) e ele”, indignou-se.  

Entrevista com o Manoel Messias

A presidente da Associação de Moradores do Alto da Cabeceira, Nailda Ramos da Silva, também confirmou a informação e afirmou que “o asfalto está sendo a solução para uns e para outros não”. “Fui conversar com o prefeito, disse que nós só queríamos conversar numa boa e perguntamos: Por que o senhor está colocando asfalto em parte particular? Ele disse que lá tinha cerca de 30 casas. Mas por que não tira de cá e coloca na via pública que é corredor de ônibus e vai beneficiar a todos?”, questionou.

Segundo Nailda, no Alto da Cabeceira há mais de 40 casas, além das residências que ficam próximas a via principal. “A maioria votou nele. Ele não pode beneficiar um e deixar os outros”, disse. “Ele não explicou a razão, os planos dele. Veio e falou que o asfalto vira até aqui em cima, e agora entrou esse pedaço que só tem algumas casas. Com esse asfalto dava para terminar o corredor de ônibus”, completou.

Entrevista com Dona Nailda

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