A Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista renovou, por mais seis meses, o contrato com a empresa Localiza Veículos. Durante esse período, serão investidos mais de R$ 300 mil no serviço de locação de automóveis.
Conforme o Extrato do Termo Aditivo ao Contrato nº 022/2021, publicado em 12 de dezembro, o acordo contempla a “contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de veículos do tipo passeio e do tipo executivo, sem limite de quilometragem, sem condutor e sem combustível”.
No total, a despesa com o aluguel da frota durante o primeiro semestre de 2025 somará R$ 302.597,94 (trezentos e dois mil, quinhentos e noventa e sete reais e noventa e quatro centavos). Esse valor equivale a um gasto mensal de R$ 50.432,99 (cinquenta mil, quatrocentos e trinta e dois reais e noventa e nove centavos) por parte do Legislativo conquistense.
A renovação do contrato levanta discussões sobre a gestão dos recursos públicos. A destinação de mais de R$ 300 mil apenas para locação de veículos nos primeiros seis meses do próximo ano convida à reflexão sobre a necessidade e a eficiência desse investimento, considerando outras prioridades do município.
O que também chama atenção é a forma como os veículos estão sendo utilizados pela Câmara. Os carros, que deveriam ser destinados exclusivamente a serviços oficiais, foram flagrados sendo usados de maneira indiscriminada, como durante as eleições municipais de 2024.
Os gastos, porém, não param por aí. Neste ano, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista aprovou um reajuste nos salários dos vereadores com vigência a partir de janeiro de 2025. Os 23 parlamentares passarão a receber R$ 18.742,91 mensais, um aumento de 55,86% em relação ao atual valor de R$ 12.025,40, que está em vigor desde 2013.
A verba de gabinete também poderá ser reajustada. Atualmente, o valor é R$ 50 mil mensais, destinada a despesas com assessores, combustível e materiais de escritório.
O reajuste, aprovado pelos próprios vereadores, gerou críticas por destoar da realidade econômica da população e levantar questionamentos sobre a prioridade dos recursos públicos. Defensores da medida argumentam que a correção salarial é necessária para ajustar a defasagem acumulada ao longo dos anos.