Na manhã desta quinta-feira (13), funcionários da Neoenergia Coelba em Vitória da Conquista realizaram uma paralisação em protesto contra mudanças unilaterais no calendário laboral implementadas pela empresa. A alteração afeta diretamente a programação de folgas, incluindo o período do Carnaval, gerando insatisfação entre os trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia), a Coelba desconsiderou práticas historicamente adotadas, como a utilização de “dias ponte” e a folga nas segundas, terças e quartas-feiras de Carnaval. Apesar das tentativas de negociação, a empresa se manteve inflexível, levando os funcionários à mobilização.
Além da questão do calendário, o sindicato denuncia um ambiente de pressão extrema dentro da empresa, com metas consideradas inalcançáveis, assédio moral, ameaças de demissão e falta de recursos adequados para execução dos serviços. Entre os problemas relatados estão veículos sucateados e a exigência do uso de celulares particulares para atividades laborais, prática considerada ilegal.
” Na última semana, o sindicato denunciou a exigência do uso de celulares particulares para atividades laborais consideradas uma prática ilegal, já que a empresa é responsável por fornecer os equipamentos necessários para o trabalho. Pior que isso, quem não atende ou responde rapidamente as mensagens é classificado como “reativo” e sofre retaliações.
A paralisação ocorre no mesmo dia em que está prevista uma audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), às 10h, solicitada pelo sindicato. A categoria segue mobilizada e atenta às negociações.
Em nota envida ao Blog do Sena, a Neoenergia Coelba esclareceu que “segue todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho e as práticas trabalhistas legais”. A empresa afirma ainda possuir “um canal de diálogo permanente com os representantes sindicais e se mantém à disposição para esclarecer quaisquer assuntos relacionados aos seus funcionários”.
Além disso, destacou que sua atuação “tem como base o respeito aos colaboradores, que são considerados o principal valor da companhia”.