Na manhã desta quarta-feira (05), por volta das 5h, a Polícia Civil da Bahia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Vitória da Conquista nas cidades de Camaçari e Vitória da Conquista. A ação faz parte das investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Vitória da Conquista, que identificaram uma quadrilha formada por funcionários da Filial 779 da Magazine Luiza S/A, suspeitos de furtar valores e objetos da empresa e de clientes.
Segundo a Polícia Civil, o gerente da unidade, de 34 anos, liderava o esquema criminoso ao negligenciar a contagem de estoque e validar processos operacionais sem conferir sua veracidade. Essa omissão resultou em um prejuízo estimado de R$ 708.522,70 para a empresa.
Outra funcionária investigada, também de 34 anos, era responsável por autorizar a retirada de produtos sem nota fiscal, facilitando a subtração de mercadorias por colaboradores da transportadora contratada. Além disso, ela teria recebido vários pagamentos via Pix de clientes que acreditavam estar adquirindo eletrodomésticos regularmente. A investigação também apontou que a mulher utilizou os dados do cartão Luiza de uma cliente para comprar uma mesa de jantar avaliada em R$ 1.800,00 em nome de seu esposo, sem o conhecimento da titular do cartão.
Outro integrante do grupo, um homem de 30 anos, manipulava os processos de estoque, ocultando as faltas financeiras e realizando trocas de produtos sem o conhecimento dos clientes titulares. Os valores dessas transações teriam sido utilizados para beneficiar uma vendedora. Já o quarto investigado, um homem de 22 anos, também realizava trocas sem o consentimento dos clientes e compartilhava sua senha com o líder de estoque, facilitando as fraudes.
As investigações concluíram que os quatro envolvidos atuavam de forma coordenada para furtar valores e produtos, revendendo os itens ilegalmente por meio de redes sociais. Durante a operação de hoje, foram apreendidos dois notebooks e quatro celulares, que passarão por perícia.
Todos os investigados foram indiciados pelo crime de furto qualificado mediante fraude, cuja pena varia de dois a oito anos de prisão.