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Foragido da Bahia, chefe do BDM teria comandado do Uruguai roubo milionário a banco

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Um roubo milionário na noite do último domingo (25) a uma agência do Banco do Brasil, na cidade de Bacabal, no Maranhão, teria sido comandado por traficante foragido da polícia baiana. É o que afirmou o secretário de Segurança maranhense, Jefferson Portela, na última terça-feira (27), em entrevista coletiva à imprensa local.

De acordo com o órgão, o assalto de cerca de R$ 100 milhões foi arquitetado por José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, que estaria vivendo no Uruguai. Procurado pela Polícia Federal (PF), ele é apontado como chefe do Bonde do Maluco (BDM), uma das facções com maior atuação na Bahia e integra o Baralho do Crime, ferramenta lúdica da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) para identificação dos criminosos foragidos da Justiça.

Preso em 2004,Zé de Lessa conseguiu prisão domiciliar após o desembargador Aliomar Brito acatar ao pedido dos advogados de Lessa, que alegaram problemas de saúde por parte do cliente. Segundo fontes  na época, Lessa estaria, de dentro da Unidade Especial Disciplinar (UED), comandando os crimes, já que um celular foi encontrado com ele.

O secretário anunciou que a Interpol, Polícia Federal, polícia do Uruguai e a SSP do Maranhão estão trocando informações com intuito de prender Zé de Lessa e os demais membros do bando. Ainda de acordo com Portela, essa organização criminosa é composto por 78 membros entre homens e mulheres. Eles são especializados em assalto a instituições financeiras e explosão de veículo de transporte de valores. Em cada Estado há um representante dessa quadrilha. “A polícia já conseguiu identificar os elos dessa organização no Maranhão que devem ser presos a qualquer momento”, disse o secretário.

O crime
De acordo com informações da SSP-MA, cerca de 30 homens participaram da ação, que resultou na morte de três bandidos, sendo um deles identificado como Edielson Francisco Lumes, conhecido como Dó ou Titi, irmão do Zé de Lessa.

Um morador de Bacabal, identificado como Cleonir Borges Araújo, também morreu em meio à destruição causada pelo bando. A delegacia regional e o quartel da Polícia Militar foram metralhados e sete veículos foram incendiados. A agência do Banco do Brasil, segundo a polícia, que é o centro distribuidor de dinheiro da região do Médio Mearim, foi destruída pela explosão.


Até agora, R$ 3,7 milhões foram recuperados. O dinheiro estava nas ruas, na unidade do banco e também nas mãos de moradores. Oito pessoas estão presas e são investigadas, entre elas o policial militar do Piauí, André dos Anjos de Sousa; e um soldado do Corpo de Bombeiros do Maranhão, Luís Gustavo Lima Mendes. Existe a suspeita da formação de uma extensa rede de pessoas contribuindo com o fornecimento de informações estratégicas e facilitação no deslocamento dos bandidos. Dois advogados foram presos sob suspeita de ligação com o crime praticado.


O Banco do Brasil não comentou as declarações do secretário da SSP, mas disse que colabora com a polícia para a elucidação do caso e que a população de Bacabal pode usar os correios e lotéricas para fazer serviços bancários até que a agência seja restaurada



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