As articulações do prefeito Herzem Gusmão (MDB) para conseguir que a Câmara Municipal aprove o empréstimo no valor de R$60 milhões junto à Caixa Econômica continuam. Nesta terça-feira(29) foi realizado uma reunião com a representantes do banco, da prefeitura e do legislativo. Dos nove vereadores presentes, sete são da bancada de oposição ao prefeito.
Segundo o site oficial da prefeitura, a reunião teve como objetivo apresentar detalhes do aporte financeiro do empréstimo. No entanto, não foram divulgados dados como taxa de juros e prazos de carência e pagamento, informações que também não constam no projeto enviado à Câmara.
O discurso da oposição começa a mudar
Ao contrário da resistência inicial ao empréstimo e questionamentos sobre o futuro envidamento que pode comprometer as contas do município, grande parte dos vereadores da oposição estão centrando as discussões sobre o detalhamento da aplicação do recurso: em quais bairros e quanto será investido. A mudança de discurso demonstra que o projeto será aprovado com facilidade na Câmara.
Até o último final de semana, a previsão era que toda a bancada petista votasse contra o projeto. Porém, uma reunião entre o prefeito Herzem e os vereadores Coriolano Moares e Fernando Jacaré, do PT, parece ter convencido estes a mudarem o voto.
Na tarde de hoje(29), Jacaré publicou em suas redes sociais um vídeo no Renato Magalhães afirmando que aquele é um dos bairros que precisam ser contemplados com o FINISA II. Apesar de não declarar o seu voto, o vídeo demonstra que o edil já avançou o debate para a aplicação do recurso, como se o empréstimo já tivesse sido aprovado.
Apenas três dos vereadores da oposição mantém o discurso sobre a preocupações em relação ao envidamento da prefeitura: Viviane Sampaio e Valdemir Dias, do PT, e David Salomão (PRTB). Vale lembrar que Salomão tem pretensões de ser candidato a prefeito de Conquista.
Os projetos que autorizam o empréstimo irão à votação na próxima sexta-feira(01). Até lá, várias reuniões nos bastidores políticos ainda devem acontecer, mas a possibilidade de alteração no cenário de votos é miníma. Principalmente devido ao interesse dos vereadores de levarem as obras, com o recurso do FINISA II, para os bairros onde estão suas respectivas bases eleitorais.
