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Exposição Agropecuária causa ruído e antecipa eleições de 2026 e 2028 em Conquista

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Após o anúncio do cancelamento da 54ª Exposição Agropecuária de Vitória da Conquista, prevista para abril de 2025, devido à falta de apoio financeiro necessário por parte das iniciativas públicas e privadas, diversas lideranças políticas iniciaram uma mobilização para viabilizar a realização do evento, reconhecido por sua importância econômica e cultural para a região.

O deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) liderou uma frente suprapartidária, reunindo-se com os parlamentares Vitor Azevedo, Samuel Junior e Tiago Correia. Juntos, asseguraram um aporte de R$ 600 mil em emendas parlamentares, com cada deputado contribuindo com R$ 150 mil, visando fortalecer a realização da exposição, além de sua relevância cultural, impulsiona a economia local, atraindo visitantes de diferentes estados e gerando impactos positivos na cadeia produtiva da agropecuária.

Foto: ano de 2024

Paralelamente, o ex-prefeito de Belo Campo e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Tigre, conhecido como Quinho (PSD), também se mobilizou. Ele buscou apoio dos governos estadual e federal, articulando diretamente com governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) e com o ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), para garantir os recursos necessários à realização da exposição.

Contudo, essas movimentações realizadas por Quinho têm gerado ruídos no cenário político local e animosidade entre os vereadores de Conquista. Além disso, as movimentações antecipam o clima das eleições de 2026 e 2028, evidenciando a complexidade das relações políticas no município. O presidente da UPB já manifestou publicamente seu desejo de candidatar-se à prefeitura de Vitória da Conquista em 2028, o que adiciona uma dimensão estratégica às suas articulações atuais. Sua atuação proativa na busca de recursos para a exposição pode ser vista como uma demonstração de sua influência política na região sudoeste da Bahia, potencialmente preocupando futuros adversários.

A Câmara Municipal havia estabelecido uma comissão para mediar as relações entre a Cooperativa Mista Agropecuária Conquistense (Coopmac) e os governos, composta pelos vereadores Ricardo Gordo (PSB), Léia de Quinho (PSD) e Luís Carlos Dudé (União Brasil). Contudo, antes mesmo da primeira reunião, as ações independentes de Quinho geraram tensões, evidenciando uma falta de diálogo e coordenação entre as lideranças políticas locais.

É importante destacar que Léia de Quinho, esposa de Quinho, foi a segunda vereadora mais votada nas últimas eleições municipais em Vitória da Conquista, obtendo 4.272 votos, ficando atrás apenas de Diogo Azevedo (União Brasil). Sua expressiva votação e a relação conjugal com Quinho adicionam uma camada de complexidade às dinâmicas políticas locais, especialmente considerando as futuras eleições.

Atualmente, as atenções estão voltadas para a possível realização da exposição, que, além de movimentar a economia local, servirá como termômetro do poder e da influência política das lideranças regionais. A forma como essas articulações se desenrolarão poderá impactar significativamente o cenário político nas próximas eleições, tanto em âmbito estadual quanto municipal.


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