Os professores da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista ficaram revoltados com a aprovação do Projeto de Lei ei 18/2023, que determina o reajuste dos servidores municipais. Para a categoria, com a PL aprovada, houve o rebaixamento do Plano de Carreira do professor.
Para a categoria, o Piso Salarial do Magistério Nacional e a manutenção de carreira dos professores não foram respeitados e criticam a forma como o PL foi aprovado pela Câmara de Vereadores, na última sexta-feira (25), sem discussão e debate.
Com a aprovação do PL, apenas os professores do nível 1 receberão o reajuste do Piso Nacional do Magistério de 14,95%. Para os de nível 2, o reajuste foi de 8,64%. Já em relação ao pagamento dos interstícios, que se referem ao Plano de Carreira do Professor, houve redução de 8% para 3%. Esse ponto foi o mais criticado pela categoria que reclamam da falta de valorização por parte da gestão de Sheila Lemos (União Brasil).
Em entrevista ao Blog do Sena, o professor Davino Nacismento, lamentou a aprovação do PL e criticou a falta de diálogo e debate, tanto da Prefeitura quanto da maior parte dos vereadores da Câmara de Vereadores.
“Eu vejo com tristeza porque em uma conjuntura como essa, um projeto que vem para essa casa precisava ser debatido, debruçado. Vitória da Conquista precisa que os vereadores demonstrem para as pessoas, a categoria, os munícipes, que eles têm condições de debater o projeto”, disse Nascimento.
Para Davino, o discurso de que a Câmara de Vereadores respeita todas as categorias do funcionalismo público municipal caiu por terra com a aprovação do PL sem discussão e debate.
“Aí se vota com muita música, narradores, locutores com microfone na mão e dizem respeitar, que essa casa respeita o funcionalismo público de uma forma geral, quando não é isso vê. Sem debate, sem discussão. Mais um ciclo que se fecha com as mesmas coisas do passado. A gente pretende esquecer e não sei se breve haverá alguma mudança”, destacou Nascimento.
Os valores referentes aos interstícios dos professores foram os que mais sofreram mudanças ao longo do governo do ex-prefeito Herzem Gusmão (MDB) e da prefeita Sheila Lemos. Os interstícios já chegaram a 13%, na época das gestões dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Mas, nos últimos anos o valor caiu e agora foi para 3%. “É uma vergonha. Fim da linha, o parlamento está assinando junto com a prefeita essa discussão”, disparou Davino.
Veja a seguir a entrevista na íntegra:
