A jovem baleada 7 vezes e feita refém dentro do depósito da loja em que trabalhava na Panvicon Center, Leticia Moura, de 18 anos, relembrou os momentos de horror vividos por ela, uma colega de trabalho e uma cliente, em 19 de dezembro de 2024.
Leticia se preparava para almoçar quando percebeu uma correria e correu para o depósito para de esconder juntamente com a colega, duas clientes e o gerente da loja. Foi quanto Natanael Santos da Silva entrou armado. O gerente correu, mas não foi seguido por Nataniel, que ficou com as três reféns.
“Esse homem armado, entrou na galeria e correu para a nossa loja. Ele subiu a escada que dava na porta do local em que estávamos. Meu gerente tentou impedi-lo de entrar, entrando em luta corporal, mas não conseguiu. O gerente correu, descendo as escadas e ao invés de o homem ir atrás dele, ele veio para onde nós estávamos”, relembrou ao UOL Notícias.
O criminoso atirou várias vezes contra as reféns, sete disparos atingiram Letícia sendo no braço, nas duas pernas e no tórax. As outras mulheres também foram baleadas.
Extremamente agitado, Natanel dizia ter medo de se entregar e ser morto pela Polícia. Por isso exigiu que uma live fosse feita no Instagram da loja. Foi através da live que o publico pôde acompanhar o desespero das reféns. Letícia já aparecia bastante ferida e chegou a perder a consciência.
“Foi um desespero muito grande, eu sentia muita dor e achava que iria morrer ali, com aquele homem fazendo a gente refém. Eu só rezava”.
Após o indivíduo se entregar, as reféns foram socorridas. precisou passar por cinco cirurgias e ficou treze dias internada, sendo três deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Com o abalo físico e psicológico do sequestro, ela ainda não voltou a trabalhar e conta que tinham medo até mesmo de sair de casa logo no início. Atualmente, ela faz sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos do braço.
Confira a entrevista na íntegra: