Em entrevista durante a estreia do Programa Terceira Via, na rádio Via 3, comandado pelo apresentador Robson do Val, o empresário Onildo Oliveira fez uma avaliação da conjuntura política de Vitória da Conquista e do Brasil. Onildo é presidente do Conselho Consultivo uma associação dos empresários que debatem temas relevantes para Vitória da Conquista e apresentam para o prefeito Herzem Gusmão.
O empresário afirmou que um dos grandes problemas de Vitória da Conquista é que os nomes dos políticos são mais importantes do que os projetos para o município.
“Eu acho uma tremenda falha quando você vai começar a discutir a cidade, discutir quem vai estar à frente dos projetos políticos da cidade, e só se fala em nomes. É comum você está em algum lugar e as pessoas dizerem ‘a cidade está sem nome para ser prefeito, sem nome para ser deputado’. Enquanto deveria ser o oposto, as pessoas deveriam se aglutinar para discutir um projeto político para a cidade, para a comunidade, comprometimento do que é que vai se fazer, e a partir do que se discutiu, saem as lideranças de dentro do projeto, sai a pessoa que todas as outras acreditam e confiam e essa deve ser a pessoa que deve encabeçar o projeto para executá-lo”, declarou.
Onildo criticou também os partidos políticos. Segundo ele, não existe de fato uma ideologia política dentro de cada partido. Assim, ele avalia que também seria um erro discutir política com base em partidos.
Em relação à política nacional, Onildo afirmou ter votado no atual presidente Jair Bolsonaro. Contudo, ele se contradiz ao defender a necessidade de um projeto político definido e afirmar ao mesmo tempo que Bolsonaro não tinha um.
“Eu votei em Bolsonaro, e como ele não tinha um projeto elaborado por um grupo de pessoas que estavam comprometidas em executar esse projeto, o que acontece: se descobre que os filhos dele são corruptos e aí, em função disso, ele parte para destruí a Lava-Jato, isolou o Sérgio Moro, que é muito mais forte do que todo o projeto político dele. E ele começa a tomar uma série de medidas exclusivistas, com base no ‘eu sou’, ‘eu quero’, ‘eu posso”, disse o empresário.
O empresário defendeu a necessidade de que a equipe do político seja independente, para que possa apresentar uma avaliação honesta sobre o real funcionamento do projeto político que está sendo implementado, evitando assim que o gestor se feche em suas próprias ideologias, sendo incapaz de reconhecer seus erros.