Em 2024, os eleitores de Vitória da Conquista participarão de um cenário eleitoral inédito. Pela primeira vez em décadas, a corrida pela prefeitura não estará polarizada entre duas chapas opostas. O assunto foi tema de debate no programa Brasil Notícias, na Rádio Brasil FM, desta terça-feira (4).
Isso acontece porque a base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT) apresenta duas pré-candidaturas: o deputado federal Waldenor Pereira (PT) e a vereadora Lúcia Rocha (MDB). Na oposição ao Governo da Bahia, está a atual prefeita Sheila Lemos (União Brasil), que busca a reeleição.
Essa configuração representa uma mudança substancial na política conquistense, conforme discutido no programa Redação Brasil. Os radialistas Ricardo “Gordo” e Daniel Silva debateram as implicações desse novo cenário eleitoral.
Ricardo Gordo destacou a mudança no padrão eleitoral da cidade: “Eu cheguei em 97 a Conquista. De lá para cá, participei de todas as eleições municipais. Todas foram polarizadas. O conquistense, nessa ano, vai experimentar uma coisa inédita”.
Diante desse contexto, o eleitorado que apoia o governador se vê com duas opções de candidatos nas eleições de Conquista. “A pergunta que ecoa na cabeça do eleitor é “com que roupa eu vou?”, questionou Daniel Silva. “Além disso, com que o roupa o governador irá?”, complementou.
Jerônimo Rodrigues, por sua vez, não expressou predileção por nenhuma das duas pré-candidaturas, mantendo a aliança e o apoio a ambas. Ele chegou a buscar uma conciliação para formar uma chapa única, mas sem sucesso.
Silva opina que esse cenário “coloca o governador em uma posição confortável, afinal, dos três candidatos, dois estão na base dele. Quem ganhar para ele é vantajoso”.
A novidade da pré-candidatura de Lúcia Rocha adiciona um dinamismo novo à corrida eleitoral conquistense, intensificando a imprevisibilidade dos resultados eleitorais neste ano.