Por meio de nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), esclareceu a informação divulgada pela Prefeitura de Vitória da Conquista, de que existiriam menos leitos disponíveis no município, porque um dos hospitais contratados pelo Governo do Estado não teriam respiradores em todos os leitos.
Assim, no Hospital das Clínicas de Vitória da Conquista, oito estão ocupados e apenas dois estão em uso de respiradores.
“Respiradores não são equipamentos que estejam sobrando no mundo para que não sejam distribuídos com racionalidade e responsabilidade. O governo do estado tem monitorado todas as UTIs contratadas e, havendo necessidade, mais respiradores serão enviados aos municípios”, esclarece a nota.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, rebateu as críticas do prefeito Herzem Gusmão pelo Facebook. De forma incisiva, ele chamou o prefeito de “despreparado” e afirmou que os comentário feitos demonstram a “falta de conhecimento técnico do mesmo”. O secretário disse ainda que, havendo necessidade, outros respiradores serão enviados.
Confira o comentário:
É lamentável que o Prefeito Herzem Gusmao tenha feito declarações públicas que revelam desconhecimento técnico e portanto despreparo para lidar com o momento crítico da pandemia da Covid19 em seu município. Pior ainda foi usar o alegado baixo número de respiradores do Hospital das Clínicas como motivo para suspensão do precipitado programa de abertura do comércio de Vitória da Conquista.
A cidade de Vitória da Conquista possui hoje 50 leitos de UTI, com ocupação de 59%. No Hospital das Clinicas foram abertos 20 leitos de UTI, sendo 10 com respiradores. Os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva conforme RDC ANVISA estabelecem que uma UTI adulto deve dispor, no mínimo, para funcionar, de 2 respiradores para cada 2 leitos, o que acontece hoje com o HCC. Dos 20 leitos disponíveis, 10 estão ocupados e apenas 2 estão em uso de respiradores.
Respiradores não são equipamentos que estejam sobrando no mundo para que não sejam distribuídos com racionalidade e responsabilidade.
O governo do estado tem monitorado todas as Uti contratadas e, havendo necessidade, mais respiradores serão enviados.
A saúde pública não pode ficar a reboque de motivações políticas. As decisões responsáveis e técnicas continuarão a ser tomadas pelo governo do estado.