A Sessão Ordinária realizada nesta sexta-feira (22), na Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista, foi marcada por tumulto e clima tenso durante a votação do Projeto de Lei nº 02/2024, que propõe o reajuste salarial para a categoria e outros servidores municipais.
Tudo começou quando o vereador vereador Chico Estrella (Agir) proferiu seu discurso defendendo a prefeita Sheila Lemos (União Brasil) e criticando o Sindicato do Magistério Municipal Público (SIMMP) pela luta na Campanha Salarial 2024.
O sindicato e vários professores estavam protestando contra o Projeto de Lei nº 02/2024. Segundo o Simmp, a Prefeitura enviou o PL para o Legislativo sem diálogo e de forma arbitrária. Outros sindicatos que representam os servidores municipais também criticaram o PL.
O vereador Chico Estrella acusou o Partido dos Trabalhadores (PT) de está usando a pauta do sindicato em benefício próprio. “Eles não têm interesse em defender ninguém, pois o interesse deles é defender o próprio o umbigo. O que é bom para o PT não é bom para o Brasil. (…) Eles não têm interesse que vocês tenham reajuste salarial. Os professores são manipulados por um sindicato pelego, que defendem apenas o próprio interesse”, disse.
Após as críticas ao sindicato e ao PT, Chico Estrella voltou a defender “com unhas e dentes” a prefeita Sheila. “Nunca na história de Conquista o servidor foi tão valorizado quanto na gestão da prefeita Sheila”, declarou estrela.
A declaração foi dada logo após a bancada de vereadores do PT se abster na votação do PL que trata sobre o reajuste da campanha salarial. Para Chico Estrella, a atitude “foi covarde”.
Logo após o seu discurso, os professores presentes protestaram. O Vereador Chico Estrella se alterou e quase brigou fisicamente com o assessor de comunicação do Simmp. Foi necessário o vereador Luís Carlos Dudé intervir e conduzir o colega “nervoso” até a sua cadeira. A cena repercutiu negativamente e tem gerado polêmica nas redes sociais. Muitos têm questionado a postura do vereador que já possui um histórico na Câmara de discursos polêmicos e ânimos exaltados.
Outros vereadores da bancada de situação também usaram a tribuna para defender de Sheila Lemos. Eles alegaram que a prefeita não propôs um reajuste maior aos servidores devido “questões orçamentárias do município”. E o vereador Dudé completou afirmando que a votação seria realizada para “atender o pedido da maioria”, se referindo ao Sinserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) que solicitou que a votação fosse realizada.
Mesmo após os protestos do Simmp, o PL foi votado e aprovado com 15 votos favoráveis, 1 contrário e 4 abstenções. A bancada do PT se absteve. Já os vereadores do PCdoB e da bancada de situação votaram a favor do projeto. Com a aprovação, os salários dos servidores representados pelo Sinserv foi aprovado em 4,62% e em os vencimentos dos profissionais da educação, representados pelo Simmp, em 3,62% .