O processo de inelegibilidade da prefeita Sheila Lemos (UB) foi o foco do debate entre os candidatos a prefeito no 2º bloco do debate promovido pela Band FM, nesta quarta-feira (18).
O assunto foi levantado por Waldenor Pereira (PT) em pergunta ao candidato Marcos Adriano (Avante), ambos são impetrantes da Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O Tribunal ja formou maioria para acolher a tese de inelegibilidade da gestora.
Marcos começou a explicando porque a gestora estaria inelegível para um terceiro mandato. “É inegável, indiscutível do processo, que a genitora, a mãe da atual prefeita, ela assumiu o poder, ela assinou como prefeita, ela recebeu como prefeita, ela passou a faixa da sua filha como prefeita, ela prestou contas para o tribunal de contas de municípios como prefeita e aí a atual prefeita, quando ela assumiu, ela já assumiu numa condição de reeleição”, disse.
Waldenor replicou criticando as falas de Sheila que segue afirmando ser candidata e acusa seus adversários de tentar vencê-la no que chama de “tapetão”. “É importante que a população de Vitória da Conquista, que nos assiste, que nos acompanha, compreenda que essa estratégia da candidata impugnada provisoriamente pelo Tribunal Regional Eleitoral de caracterizar a decisão de um tribunal como tapetão, seja de fato refutada, porque nós compreendemos que tapetão foi o que aconteceu com o bloco contra a presidenta Dilma Rousseff que foi mobilizada e articulada pelos parceiros da candidata Sheila Lemos”, disparou.
Sheila respondeu outra pergunta feita por Marcos Adriano garantindo que segue candidata. “Meus adversários fazem de tudo pra me tirar da disputa, mas não vão conseguir, sou candidatíssima. E a oposição está fazendo isso porque está desesperada, eles já sabem que vão perder as eleições, as eleições que vão perder no voto e por isso ficam procurando resolver essa questão, apelando para o judiciário. A gente libera todas as pesquisas e comagens para ganhar no primeiro turno. É um ato de desespero”, afirmou.
Como a gestora afirmou que Marcos Adriano estava dando informações inverídicas, foi concedido a ele um direito de resposta. Ele utilizou o tempo para reiterar que a prefeita estaria sim inelegível e que os votos que ela venha a receber serão todos anulados. “É necessário que a população de Vitória da Conquista saiba que o candidato que está indeferido, os votos não aparecem na urna, são todos anulados. […] A sua assessoria está equivocada ou maliciosa, colocando para cima da senhora uma situação que não vai se acontecer”, encerrou o candidato.