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Posto tentou encobrir fraude e gerente fugiu, diz delegado

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Foto: Blog do Sena

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (27), no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), o delegado de Repressão a Furtos e Roubos, Leonardo Rabelo, a coordenadora do Departamento de Polícia Técnica, Silvia Schetini, o representante da Secretaria da Fazenda,Ricardo Tuboni, e o coordenador da Polícia Civil de Vitória da Conquista, o delegado Fabiano Aurich.

O delegado Leonardo Rabelo voltou a afirmar que houve uma tentativa de reverter o esquema de fraude, uma vez que no dia seguinte ao flagrante, eles encontraram os buracos próximos às bombas de combustível tapados com cimento ainda fresco.

“No primeiro dia as bombas foram lacradas e ficaram cientes que não deveriam mexer nas bombas. No dia seguinte, nós observamos que nas duas bombas tinha um retângulo de cimento fresco, tanto que a gente conseguiu cavar sem nenhuma dificuldade”, declarou o delegado.

O delegado disse ainda que não tem dúvidas que o posto praticava fraudes, uma vez que foram realizados testes físicos nas bombas, que provaram que a quantidade de combustível entregue era menor do que a registrada nas bombas. Outra alteração possível é na qualidade do produto, uma vez que o cheiro e a aparência do combustível, que deveria ser gasolina, mais parecia etanol.

O gerente do estabelecimento também não foi encontrado no segundo dia. Ele foi interpelado pela Polícia Rodoviária Estadual, no município de Caetité.

“Ao solicitar a presença do gerente, ele tinha evadido, sendo encontrado pelo Polícia Rodoviária Estadual, no município de Caetité, inclusive ele estava todo arranhado, provavelmente entrou no mato. Então eu não tenho nenhuma dúvida de que os proprietários e o gerente sabiam que ali tinha uma fraude”, disse.

O delegado disse que também já foi informado que um carro importado teria sido danificado por causa do combustível adulterado. O proprietário arcou com o prejuízo para encobrir a fraude.

Além de responder pela fraude nas bombas o dono vai ter que responder também pelo crime de fraude processual por tentar ocultar as irregularidades.

O posto tem 10 dias para apresentar a contestação administrativa, contudo o delegado que acompanha o caso não acredita que isso irá ocorrer, devido a inexistência de argumentos que possam justificar as irregularidades. A multa aplicada por chegar a R$ 1 milhão.


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