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“Dois meses e nenhuma resposta concreta”: Associação Conquistense de Atendimento à Pessoa Autista reivindica por apoio da Prefeitura

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Um grupo de mães da Associação Conquistense para Atendimento Especializado à Pessoa Autista (Acaepa) se reuniu na sede da Prefeitura Municipal nesta quinta-feira, 23, para reivindicar apoio da atual gestão para a sobrevivência e manutenção das atividades da instituição, que atende a mais de 20 portadores de autismo. Na oportunidade, foi entregue ao Gabinete Civil um ofício que solicita um posicionamento do prefeito Herzem Gusmão acerca das reivindicações que já haviam sido protocoladas pela Associação, no dia 22 de maio.

A Acaepa afirma que já se passaram dois meses e nenhuma resposta concreta foi obtida até o momento, mesmo após a formação de uma Comissão Técnica para discutir os pleitos requeridos, que incluem ajuda de custo e profissionais de saúde para atender os pacientes da instituição. A Comissão foi formada depois que integrantes da Associação realizaram, nos dias 16 e 17 de junho, uma manifestação no Espaço Cultural Glauber Rocha, por meio da qual conseguiram agendar uma reunião com representantes das secretarias de Desenvolvimento Social, Educação, Administração, Saúde, Gabinete Civil e Direitos Humanos.

A reunião aconteceu, mas nenhum tipo de auxílio do Poder Executivo foi prestado à Associação, que diz não haver “justificativa para tanto protelar numa causa absolutamente justa” e que já foi debatida. A Acaepa funciona hoje na casa da ativista Vitória Aparecida Sales de Araújo Rezende e tem se mantido graças a doações e fundos arrecadados com eventos.

Em entrevista ao Blog do Sena, Vitória Aparecida contou que esteve hoje no Centro Integrado da Criança e Adolescente para a reunião da comissão formada,que acontecia todas às quinta-ferias, mas nenhum representante da prefeitura compareceu. “Por isso viemos aqui protocolar na própria prefeitura as nossas reivindicações”, disse.

Ela reforça ainda o apelo para que a Prefeitura dê o apoio financeiro a instituição ou assuma as crianças, jovens e adultos atendidos pela ACAPEA. “Estamos passando com dificuldade financeiras. A Acaepa é mantida com recursos próprios, doações e principalmente pela arrecadação dos eventos que realizamos, feijoadas, bazar…Mas por conta da pandemia, já estamos há mais de quatro meses sem poder fazer evento”, contou. “A Acaepa não nasceu para ser adversário da prefeitura, e sim para mostrar a realidade do autismo, mostrar que com o atendimento adequado, eles podem interagir e ter uma vida produtiva como qualquer pessoa”, frisou.


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