O dia 17 de maio marca o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Para debater o tema e discutir políticas públicas voltadas para a população LGBTQIA+, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promoveu uma audiência. A iniciativa foi do vereador Alexandre Xandó (PT) e contou com a participação do também vereador Ricardo Babão (PCdB), militantes e representantes da Prefeitura Municipal e de movimentos sociais.
A homossexualidade era considerada uma doença patológica mental até o início dos anos 1990, quando foi retirada da categoria de doenças internacionais pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O fato aconteceu no dia 17 de maio. Desde então, essa data é celebrada pela comunidade LGBTQIA+ como um dia de luta contra a violência e perseguição sofrida por essa classe.
Segundo dados do relatório “Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil – 2021”, divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano passado, 300 pessoas morreram de forma violenta no Brasil, por questões relacionadas à homofobia, bifobia, transfobia, dentre outros. Ainda de acordo com esses dados, as mortes aumentaram em 8% em comparação com 2020.
Estruturas racistas, machistas e LGBTfóbicas sempre existiram – O proponente da audiência, vereador Alexandre Xandó (PT), afirmou que só será possível penar em direitos para a população LGBTQIA+ com a retirada do presidente Jair Bolsonaro do poder. Ele ressaltou alguns projetos articulados por seu mandato para acolhimento do público LGBTQIA+, através da Câmara de Vereadores, e ressaltou sua luta em favor da categoria. “As estruturas racistas, machistas e LGBTfóbicas sempre existiram em todos os governos e precisamos lutar contra isso. Sobre essa questão, pensamos na criação de um Conselho Municipal que abarque esse público, bem como, rever políticas públicas que muitas vezes estão engavetadas e não saem do papel”, disse. Por último, salientou que as estruturas racistas, machistas e LGBTfóbicas sempre existiram em todos os governos e, na condição de representante do povo, entende que é preciso lutar contra isso. “Não podemos nos calar”, salientou.