A Polícia Civil da Bahia, por meio da 1ª DT de Vitória da Conquista, indiciou um cirurgião -dentista na cidade duas vezes pelas práticas dos crimes de exercício ilegal da medicina e lesão corporal gravíssima. A ação da Polícia Civil repertcutiu em todo o estado. Segundo as investigações, o profissional, praticou um procedimento estético no nariz em duas pacientes equiparado a cirurgia, em uma clínica localizada no Centro da cidade.
Em entrevista ao Blog do Sena nesta sexta-feira (28), o delegado titural da 1ª DT, explicou que as vítimas prestaram queixam e, já que os procedimentos não deram certo. Após as denúncias, foram iniciadas as investigações. “As vítimas procuram a delegacia para registrar procedimentos estéticos que foram feitos nelas. Todavia, esses procedimentos não deram certo, não houve a cicatrização. E iniciou-se a investigação. A partir disso, a Polícia Civil entrou em contato com o Conselho Regional de Odontologia (CFO) para saber mais o que que um dentista, um cirurgião dentista pode fazer em relação a procedimentos estéticos”, explicou Oliveira.
De acordo com o CFO, alguns procedimentos são vedados ao cirurgiãodentista pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), mediante edição da Resolução CFO 230/2020, vigente desde 14 de agosto de 2020. Fica vedado ao cirurgião-dentista a realização dos seguintes procedimentos cirúrgicos na face: Alectomia; lefaroplastia; cirurgia de castanhares ou lifting de sobrancelhas; Otoplastia; Rinoplastia; Ritidoplastia ou Face Lifting.
Segundo o delegado, o procedimento vendido para as clientes foi a remodelação do nariz, mas, na ocasião, foi realizado outro procedimento realizando cortes e suturas. “Nos dois casos, o procedimento foi remodelação. No entanto, não foi feito a remodelação, foi feito outro procedimento, com cirurgia. E nesta ocasião é identificada a prática dos crimes. Nos dois inquéritos, ele foi indiciado. O inquérito já foi remetido para o judiciário e o Ministério Público já ofereceu denúncia nos dois casos”, disse Oliveira.
O dentista, que não teve a identidade divulgada continua atuando na profissão. Mas, caso ele seja condenado, poderá pegar a pena de 10 anos de prisão. “Ele responde a esses dois crimes em liberdade. Na fase da ação penal, caso o juiz receba a denúncia, ele vai ter outros meios para apresentar as suas defesas, terá o rito próprio da ação penal e , ao final se o juiz entender que as provas corelicionadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público foram suficientes, ele poderá ser condenado a prática desses dois crimes que pode ter pena de até 10 anos de prisão”, contou Oliveira.
Por fim, o delegado titular da Deam fez um alerta para a população. “Quem for fazer algum tipo de procedimento estético na face, pesquise sobre o profissional e principalmente, pesquise se aquele profissional, com aquela habilitação que tem, pode fazer o procedimento”, finalizou.
Veja a seguir a entrevista na íntegra.
