Conforme já divulgado pelo Blog do Sena, um protesto contra o adiamento das aulas na rede privada “tomou conta” da Câmara Municipal de Vitória da Conquista na manhã desta quarta-feira (2), durante a reabertura das atividades da Casa.
Com a presença da prefeita Sheila Lemos (DEM), pais e alunos protestaram empunhando cartazes e repetindo palavras de ordem. Entre as reivindicações e argumentos, os manifestantes afirmaram que a decisão é “hipócrita”.
Welma do Prado, professora, advogada e uma das lideranças do movimento pelo retorno às aulas presenciais, classificou o decreto como “desastroso”. “Até parece que em uma semana o número de internações vai reduzir. A penalidade acaba caindo sobre nossas crianças”, afirmou.
“Uma semana para a Prefeitura pode ser muito pouco, mas para uma criança que está há dois anos sem aula, cinco dias é muita coisa, até porque na mente de uma criança, o que é uma semana pra mim, é um mês para ela”, argumentou a professora e advogada.
A prefeita Sheila Lemos, por outro lado, justificou o decreto da Prefeitura: “Nós tivemos em janeiro mais de 230% nos números de contágio entre crianças e adolescentes. O ciclo do vírus é de 7 dias, então nossa expectativa é de que os números reduzam ao longo dessa semana de adiamento”.
Welma do Prado apontou que, enquanto os alunos não podem retornar às aulas presenciais, o secretário de Cultura e cantor, Xangai, havia marcado um show, que acabou sendo adiado em razão das manifestações.
A prefeita também comentou sobre o aparente contraste entre realizar shows e adiar as aulas. “Festa e bar vai quem quer, já para as escolas, os alunos têm a obrigatoriedade de ir. Por isso, precisamos redobrar os cuidados. Pedimos um pouco mais de paciência aos pais e estudantes”, justificou.
