A eleição do Sindicato dos Rodoviários de Vitória da Conquista, que aconteceria na próxima quinta-feira(23), foram suspensas pela Justiça. A determinação foi da 2ª Vara do Trabalho. A decisão declarou nulo todos os atos eleitorais praticados até então, pois houveram violações nas normas do Estatuto do Sindicato. Um novo edital de convocação para as eleições deverá ser lançado no prazo de 30 dias.
Eleições foram convocadas apenas para um dia – O artigo 49 do Estatuto foi descumprido, uma vez que as eleições foram convocadas apenas para o dia 23 de maio. O artigo citado prevê que as eleições ocorram em três dias.
Chapa inscrita não tem o número suficiente de filiados – A única chapa registrada para o processo eleitoral, denominada “Força, Luta e Transparência”, comanda pelo atual presidente do Sindicato, Álvaro Souza, se inscreveu com apenas 28 membros. O regimento prevê que só poderá concorrer o pleito as chapas com o número suficiente de filiados para preencher todos os cargos, totalizando 55 membros.
A eleição do Sindicato dos Rodoviários de Vitória da Conquista, que seria marcada para a próxima quinta-feira, 23, foi suspensa pela justiça. A determinação foi da 2ª Vara do Trabalho. A decisão declarou nulo todos os atos eleitorais praticados até então, pois houveram violações nas normas do Estatuto do Sindicato.
Não houve divulgação para inscrição das chapas – Apesar do presidente Álvaro alegar que houve ampla divulgação e afirmar que não houveram inscrições porque os rodoviários estavam satisfeito com a atual direção, a publicidade também contestada. Segundo os requerentes da ação na 2ª Vara do Trabalho, a convocação para as eleições foi divulgada apenas no Correio 24, jornal não mais vendido nas bancas de jornais e tem sua circulação restrita aos assinantes.
Eleições em meio ao caos do transporte público – No começo do mês, em entrevista ao Blog do Sena, Álvaro Souza afirmou que poderia ser até “incoerente” a realização de eleições em meio à crise do transporte coletivo e às demissões em massa dos rodoviários, mas justificou que estava apenas cumprindo o estatuto. “Para mim não seria beneficente ser agora as eleições, mas como diz a lei, cumpre-se o estatuto”, disse.
No entanto, durante a mesma entrevista o presidente acabou se contradizendo e deixou claro que a eleição poderia ter sido convocada em outro momento. “Antes era em Outubro, com a reforma do estatuto foi mudada a data para ser no prazo de 180 dias antes do final do mandato. Pode ser feita qualquer dia antes dentro deste prazo máximo. Realizamos no prazo que consta”. A última eleição aconteceu em outubro de 2018, logo, pode-se concluir que, apesar da justificativa do presidente, a eleição poderia sim ser realizada mais adiante.