O vereador Alexandre Xandó (PT) denunciou que a base aliada da prefeita Sheila Lemos (União Brasil) na Câmara Municipal de Vitória da Conquista rejeitou um requerimento de sua autoria que propunha a realização de uma sessão mista para debater a educação no município.
A situação aconteceu na sessão de quarta-feira (9). O pedido foi derrubado em plenário, apesar de práticas anteriores da Casa em que requerimentos dessa natureza eram aprovados por unanimidade.
A proposta solicitava que a sessão ordinária do dia 25 de abril fosse realizada em formato misto, com o objetivo de discutir a situação da educação pública em Vitória da Conquista, incluindo temas como o fechamento de escolas no campo, a falta de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o cumprimento da Lei do Piso e a valorização dos profissionais da área.
Em entrevista ao Blog do Sena, o vereador Xandó criticou duramente a postura da base governista: “Qual o medo deles em debater educação? Na propaganda da prefeita está tudo lindo, mas na prática vemos escolas do campo sendo fechadas, pouquíssimas turmas de EJA, e o desrespeito à Lei do Piso e Plano de Carreira. Trata-se de um desrespeito a todos os professores de Conquista e uma perseguição ao nosso mandato”, afirmou.
Xandó também revelou que a solicitação da sessão partiu de professores da UESB, como Arlete Ramos (Educação do Campo) e Adenilson Cunha (EJA), além do Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp) que está em plena campanha salarial.
Neste ano de 2025, o SIMMP tem enfrentado dificuldades nas negociações com a Prefeitura. Na semana passada, o Blog do Sena destacou a luta do sindicato na Campanha Salarial. A presidente do Simmp criticou a ausência de secretários municipais nas mesas de negociação, o que, segundo ela, compromete o diálogo e o avanço das pautas.
“Nós estamos lidando com uma mesa de negociação esvaziada. A ausência dos secretários demonstra o desinteresse da gestão em discutir a educação com responsabilidade”, declarou na ocasião.
O sindicato também cobra o pagamento integral do piso salarial nacional do magistério, reajustado em janeiro, e reivindica a valorização dos professores, bem como melhores condições de trabalho. A falta de avanço nas tratativas tem provocado frustração na categoria, que esperava mais abertura e respeito da atual administração.
Votaram contra a sessão sobre educação os seguintes vereadores: Edivaldo Junior (PSDB), Dra. Lara (Republicanos), Adinilson Pereira (União Brasil), Nelson de Vivi (PSDB), Márcio de Vivi (PSD), Bibia (União Brasil), Subtenente Muniz (PDT), Hermínio Oliveira (PP), Dinho dos Campinhos (Republicanos) e Nathan da Carroceria (Avante).
