Na manhã desta quarta-feira (12), um Blog ligado ao prefeito Herzem Gusmão (MDB) divulgou que na impossibilidade de acordo com a Viação Cidade Verde, a Prefeitura buscará contratar outra empresa para assumir o lote 1 (assumido de forma emergencial pela Viação, após saída da Vitória). A reunião para tratar do assunto acontecerá hoje a tarde. O Blog do Sena conversou com o vereador Prof. Cori (PT), defensor do transporte público com qualidade em Conquista, para saber sua opinião e expectativa em relação à reunião. Cori afirmou que enquanto gestor não se “aventuraria” em deixar a Cidade Verde e trazer outra empresa. Ele pede que a Prefeitura tenha bom senso em sua decisão.
Cori defendeu a permanência da Cidade Verde e destacou a capacidade de investimento da Viação. “ Eu, em minha sã consciência, não deixaria uma empresa com capacidade de investimento, para “aventurar” com outra empresa diante de um cenário de mais de 500 vans e 1.200 ubers na cidade”, disse. “Nenhum empresário sério vai querer vir para Conquista. A primeira coisa que um empresário vai quer saber é: Cidade Verde, por que você está saindo do lote 1? Vitória, por que você saiu do lote 1? Quando eles chegarem aqui e verem um tanto de carros particulares e vans sem nenhuma fiscalização, para quê vão querer colocar R$ 80 milhões? Para brincar de investimento? Qual o empresário que não quer lucro? Que não quer que o contrato seja respeitado?”, questionou.
O vereador frisou a sua opinião. “ Se uma empresa com capacidade de investimento, como é a Cidade Verde (isso tem sido demonstrado em seus relatórios), saí, qual é a mensagem que ela dá aos outros empresários? Que Vitória da Conquista passou a ser terra de ninguém”.
Cori voltou a alertar sobre risco de indenizações por quebra de contrato, caso as vans continuem sem regularização. Uma das principais queixas da Cidade Verde tem sido o prejuízo financeiro por conta da evasão de passageiros que migraram para o transporte alternativo. “Eu penso que nesta reunião temos que buscar o bom senso, pensar na população, garantir o direito de gratuidade, proteger a Prefeitura e os cofres públicos públicos de futuras indenizações porque está em curso um contrato e ele tem que ser cumprido”, disse. “O barato pode sair muito caro para o nosso município”, completou.
O edil defende a construção de um sistema em que as vans sejam projetadas na possibilidade de acoplar uma zona de transbordo (transportando professores, alunos, agentes de saúde e fiscais municipais, por exemplo), ao invés de competir com as empresas de ônibus. “Acredito que o sistema de vans pode ser muito bem planejado para o sistema de Conquista. Mas não para disputar com os ônibus em horários e linhas que já estão em contrato previamente estabelecido, e quando descumprido pode gerar indenizações milionárias”, reforçou.