As inúmeras manifestações do presidente Jair Bolsonaro colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral inspirou a elaboração da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de direito”. O documento foi organizado por juristas e lido em um evento feito pela Faculdade de Direito da USP, reunindo quase um milhão de assinaturas no dia em que foi lida.
A vereadora Viviane Sampaio (PT) propôs uma Moção de Aplauso à instituição. A votação da moção, como já era de se esperar, não agradou a maior parte da bancada de situação. Entre os que defenderam e rechaçaram Carta, a discussão ficou bastante acaladorada.
Durante sua fala, o vereador Alexandre Xandó (PT), afirmou que votar contra a moção de aplausos era votar contra a defesa da democracia. “Quem votar contra essa moção de aplauso a esta Carta é bom que saiba o conteúdo, porque será cobrado pelas ruas por está votando contra a democracia e a favor de quem defende a ditadura.
O vereador Augusto Cândido, defensor do presidente Bolsonaro, disse que a Carta “não faz sentido”. “Essa carta não significa nada em termo de democracia. São pessoas que estão fazendo de tudo pelo poder e estão perdendo, se segurando em uma tábua de salvação que já afundou”, disse.
A proponente da ação, a vereadora Viviane, afirmou que já sabia dos rumos da discussão antes mesmo de propor. “Eu já sabia como iria se dar a discussão. Vocês (situação) têm que votar contra mesmo, porque se vocês votassem a favor estariam indo contra ao que defendem. Nós temos aqui um parlamento ultraconservador, e a sociedade de Vitória da Conquista precisa observar o que acontece aqui dentro”, pontuou.
