A taxa de ocupação tanto dos leitos clínicos quanto dos leitos de UTI para tratamento do Coronavírus já chegou a níveis preocupantes. Mesmo com a ativação de 10 novos leitos de UTI no Hospital de Base pelo Governo do Estado, a lotação já está acima de 60%.
A situação dos leitos clínicos é ainda mais preocupante, a ocupação já está acima de 80%. O município recebe pacientes de Vitória da Conquista e região, o que agrava a situação, uma vez que a tendência é de crescimento com a reabertura de academias.
Anteriormente, o comércio não essencial, bares e restaurantes e templos religiosos já tinham sido reabertos. O crescimento do número de casos começou a chamar a atenção desde a primeira fase de reabertura iniciada pela Prefeitura. O Ministério Público Estadual chegou a pedir a revogação dos decretos na Justiça, mas a juíza da Vara da Fazenda Pública negou o pedido de liminar com a justificativa de que o sistema de saúde de Vitória da Conquista não estava em colapso.
Informações obtidas com exclusividade pelo Blog do Sena antes da divulgação do boletim, davam conta de que os 10 leitos de UTI alugados pela Prefeitura no Hospital São Vicente de Paulo já estavam com 100% de ocupação. No Hospital de Base a taxa de ocupação é de 70%, contudo, com a morte do paciente de Malhada esse percentual caiu, e no Hospital das Clínicas de Conquista (HCC) é de 65%.
De acordo com o plano de reabertura divulgado pela Prefeitura, caso os leitos de UTI ou clínicos superassem 70% de ocupação, os estabelecimentos seriam novamente fechados.
Assim, se a gestão municipal seguir realmente o que foi estipulado para a retomada das atividade comerciais, o comércio de Vitória da Conquista está próximo de ser fechado novamente. A questão que paira até o momento, é o motivo pelo qual o Comitê Gestor de Crise e o prefeito Herzem Gusmão permitiram a reabertura de academias nesta segunda-feira, uma vez que a atividade desses estabelecimentos acarreta maior risco de transmissão da Covid-19.