O SIMMP (Sindicato do Magistério Público de Vitória da Conquista) realizou uma manifestação em frente a Câmara de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (9). A categoria cobra a aplicação do reajuste de 33,24% para todos os professores municipais.
Em entrevista ao Blog do Sena, a presidente do SIMMP, Elenilda Ramos, disse que a prefeita Sheila Lemos (DEM) está divulgando informação inverídica nas redes sociais. De acordo com ela, o reajuste de 33,24%, anunciado pela prefeita, no dia 12 de fevereiro, não foi aplicado para toda a categoria. Segundo a presidente, apenas os professores mais recentes do município receberam o reajuste e afirmou que a prefeitura não respeitou o plano de carreira.
“Esse protesto é por conta do nosso reajuste salarial, da mentira disseminada na rede social que diz que o professor municipal recebeu o reajuste de 33,24%. E nós estamos aqui, reunidos em assembleia, para fazer esse movimento e mostrar a sociedade que isso não é verdade. O professor não recebeu 33,24%, quebrou o plano de carreira. Nós temos um plano de carreira que não foi respeitado. Só quem recebeu os 33,24% foi quem começou agora na rede. Então, quem está no final, já se aposentando, após anos de trabalho não recebeu”, declarou.
A presidente do SIMMP solicitou mais diálogo com a gestão municipal para que o assunto seja tratado. Segundo ela, até chantagem por parte de pessoas ligadas à Prefeitura, o SIMMP está sofrendo.
“A prefeita já cancelou duas reuniões com a gente, a administração municipal e nós queremos o diálogo. Inclusive fazendo chantagem com a gente, dizendo que se a gente for para a rede social, chamar a prefeita de mentirosa, que corre o risco de fechar o diálogo”, contou.
Elenilda Ramos ainda revelou que caso não haja diálogo por parte da Prefeitura, uma greve da categoria será realizada. “e fechar o diálogo a gente vai fazer greve, nós vamos para a mídia social, nós vamos para as ruas e nós vamos levar a sociedade conquistense também”, explicou.
No próximo dia 16 de março, o SIMMP fará parte de uma paralisação nacional. Em diversas cidades do país, trabalhadores e trabalhadoras da Educação Básica decretaram greve em defesa do reajuste salarial de 33,24%. A lei do piso, publicada através de portaria em fevereiro, garante a remuneração mínima de R$ 3.845 para professores e professoras da rede pública.
