O Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp) fez mais uma denúncia sobre a situação das escolas de tempo integral do município e também da sobrecarga de trabalho causada pela falta servidores.
A política nacional do regime de tempo integral já vinha sendo implementada anteriormente no município de Vitória da Conquista e em 2024 passou a ser ampliada.
Por conta da falta de estrutura, os professores terão que atender duas turmas nas mesmas 40 horas de trabalho que atendiam somente uma. Com isso, boa parte da carga horária escolar será cumprida nas turmas pelos instrutores, aos invés dos professores, como deveria acontecer.
O motivo seria a falta de servidores. O funcionamento em tempo integral estaria condicionado à chegada de novos profissionais. “Enquanto isso, o funcionamento segue restrito ao horário das 8h às 12h, com entrada e saída rigidamente estipuladas para 7h45min e 11h45min”, relatou o Simmp em nota ai Blog do Sena.
Além da falta de profissionais, também falta material didático e muitos servidores desempenham funções que não correspondem às suas atribuições. A situação, segundo o Sindicato, mostra a “precariedade do planejamento” e o desrespeito aos profissionais que fazem parte da educação pública municipal.
A fala do secretário de educação, Edgard Larry, durante a Jornada Pedagógica 2025, foi recebida com indignação pelo Simmp. “Durante a Jornada Pedagógica de 2025, com tamanha veemência, ele assegurou a um público de mais de 3 mil servidores que a modalidade integral já é uma realidade em diversas escolas. Resta perguntar: realidade para quem?”, questiona o Sindicato.
No último ano, o Simmp mostrou a situação de outras escolas que funcionam em tempo integral. Com ambientes de ensino dividido com TNT e banheiros em condições precárias. Durante a Jornada Pedagógica desse ano, o Sindicato, entre outras coisas, cobrou a melhoria na infraestrutura das escolas para que os alunos e servidores possam ser devidamente atendidos.
