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Conquista: Secretário de Saúde chama de “politicagem” falas de Herzem Gusmão sobre ocupação dos leitos de UTI

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O prefeito Herzem Gusmão fez um pronunciamento através das redes sociais, no qual afirmou ser culpa do Governo do Estado a alta taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento do Coronavírus. De acordo com o Gestor, a maior parte dos leitos está ocupado por pacientes de outros municípios, enviados pela regulação estadual.

Todavia, a tentativa do prefeito o Governo do Estado pelos altos índices de ocupação dos leitos foi prontamente rebatida pelo secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas, em uma entrevista concedida ao programa Conquista de Todos, nesta sexta-feira (17). O secretária afirmou que o momento não era para “politicagem”. Ele também trouxe o exemplo do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que tem buscado entrar em acordo com o governador Rui Costa para oferecer as melhores alternativas para a população enfrentar a crise.

“Eu estou indignado, nós estamos aqui trabalhando para que todos os baianos sejam atendidos com dignidade, que não falte leito para ninguém. Não existe espaço para politicagem na saúde nesse momento. Olha o exemplo do prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa, uma relação republicana. Com todos os prefeitos da Bahia nós nos relacionamos de forma tranquila, fazemos reuniões periódicas, entendendo que os hospitais atendem todos de forma igualitária”.

Sobre as críticas de que os leitos estaduais estão recebendo pacientes de outros municípios, a resposta do secretário foi baseada em um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), o da universalidade, segundo o qual todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúde.

Vilas Boas também relembrou que o município de Vitória da Conquista é um polo regional, que sempre foi referência em tratamentos de saúde para cidades circunvizinhas antes da pandemia.

“Essa conversa que as unidades estaduais têm que atender somente pacientes do município é um absurdo! Os pólos regionais concentram a alta complexidade, são referência para municípios menores, a gente enxerga a saúde de forma integral e universal. Agora, cada um tem que fazer sua parte”, afirmou.

A insistência de Herzem em manter o comércio aberto mesmo diante do crescimento acelerado de casos, que hoje aumentaram em 159, e a contratação de leitos clínicos por parte da Prefeitura também foram alvos de críticas pelo titular da pasta.

“O que estamos vendo em Vitória da Conquista é um desmando. A população está exposta ao vírus com o comércio aberto, e a doença progredindo. Uma falta total de investimento por parte da Prefeitura Municipal, que montou um PA Covid que não funciona; que não contratou leitos de UTI suficientes para atender à população. Anunciou a contratação de mais 20 leitos clínicos, mas leitos clínicos estão vazios e sobrando na Bahia inteira. O prefeito tem que contratar leitos de UTI, que fazem a diferença entre a vida e a morte”, disparou.

Esse não é a primeira polêmica entre o governo Herzem Gusmão e o Governo do Estado durante a pandemia. No mês de abril, a confusão foi entorno da verba enviada pelo Ministério da Saúde para o combate ao Coronavírus nos municípios.


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