Vitória da Conquista é uma das cidades que mais cresce na Bahia. A economia no município cresce a 8% ano desde 2009 e é alvo de muitos investimentos públicos e privados.
E o setor da construção civil é o que mais tem movimentado a economia local. Nos últimos 10 anos, a terceira maior cidade da Bahia já tem uma população estimada de 394.024, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o secretário Municipal de Infraestrutura, Jackson Yoshiura, a Prefeitura Municipal está acompanhando de perto esse crescimento.
Em entrevista ao Blog do Sena, ele revelou que a expectativa é que o setor cresça ainda mais em 2025. “A construção civil é um dos promotores do grande crescimento da nossa cidade. A nossa cidade só cresce, uma das cidades que mais constrói na Bahia e ainda espera que isso aumente cada vez mais. 2025 muito próspero para o setor, são as expectativas que a gente tem, e a Prefeitura está apoiando, é uma determinação da prefeita, que a gente caminhe junto com os construtores para que a gente faça Vitória da Conquista uma cidade cada vez melhor”, disse Yoshiura.
Em 2024, a Prefeitura assinou contratos para a construção de 1.676 unidades residenciais, em parceria com o Governo Federal. O mais recente empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida vai beneficiar 160 famílias na região dos Campinhos. O contrato de R$ 27 milhões foi assinado com a Caixa Econômica Federal e a E2 Engenharia, empresa que vai construir o Residencial Novo Campo. A previsão é que as obras comecem em janeiro de 2025 com prazo de conclusão estipulado em 18 meses.
“No Minha Casa Minha Vida nós já assinamos diversos contratos, a gente vai para mais de 1 mil unidades em Vitória da Conquista, com contratos assinados e a gente espera que esse número cresça ainda mais no próximo ano”, pontuou.
Além dos investimentos do setor público, no setor privado também houve incentivo para o crescimento. Segundo o secretário, uma das ações adotadas foi a “desburocratização” do setor de liberação de alvará e habite-se. “A construção civil, no que diz respeito a alvará e habite-se, a gente teve um aumento muito grande nos últimos grandes, mais de 70% em relação ao período anterior. Então, a gente percebe que Vitória da Conquista não para. O que a gente vem trabalhando hoje é no sentido de desburocratizar mais o setor de infraestrutura da nossa cidade para que Vitória da Conquista seja ainda mais atrativa para todos aqueles que querem investir aqui”, contou Yoshiura.
Em Vitória da Conquista, as obras da construção civil já ultrapassam o Anel Viário, limite urbano da cidade. São casas, apartamentos e condomínios sendo construídos nos quatro cantos da cidade. Para que a cidade cresça com qualidade e infraestrutura, a Prefeitura enviou à Câmara Municipal de Vereadores o PDDU (Plano Diretor Urbano), visando a autorização de obras no entorno do anel viário residencial, comercial e industrial.
A elaboração do plano é obrigatória para os municípios com população maior do que 20 mil habitantes, devendo contemplar todo o território do município, tanto urbano quanto rural. Sua revisão deve ser feita de 10 em 10 anos (de acordo com o Estatuto da Cidade). No entanto, a terceira maior cidade da Bahia está atrasada. Em Vitória da Conquista, PDDU mais recente começou a ser discutido no ano de 2004 na gestão do então prefeito José Raimundo Fontes (PT) e foi aprovado em 2007 pela Câmara Municipal de Vereadores. Como tem validade de 10 anos, o novo PDDU deveria ter sido implementado desde 2017.
O novo PDDU segue na Câmara Municipal de Vereadores e a expectativa é que seja votado antes do recesso de fim de ano. Para o secretário, o novo PDDU vai impulsionar o desenvolvimento da cidade. “O PDDU e essa norma que está aí é de 2007 e não conseguia prever alguns vetores de crescimento da nossa cidade. Então, esse PDDU novo vai trabalhar nesse sentido, não só no que diz respeito à construção, mas também a questão empresarial na nossa cidade. Tanto na questão industrial, quanto na questão comercial, onde a gente tenta ao máximo aproximar os consumidores, os moradores das atividades comerciais. Diminuindo, por exemplo, os percursos que essas pessoas vão fazer. A ideia é que a gente consiga ao máximo incentivar as atividades comerciais perto de áreas residenciais para que as pessoas também tenham a possibilidade de morar perto do seu trabalho”, disse.
Em relação à indústria, segundo o secretário, o objetivo é criar outros Centros Industriais em vários pontos da cidade. “Na questão industrial, nós temos um grande gargalo, como um único ponto industrial de grande porte e a gente quer trazer isso para diversas outras zonas do nosso município. Indústrias de grande porte, e a gente quer também trazer as indústrias de médio e pequeno porte para alguns outros vetores do nosso munícipio”, declarou.
Veja aqui a entrevista na íntegra: