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Conquista: Secretariado do governo Herzem Gusmão mudam discurso e se dizem a favor do que chamam de “distanciamento social”

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Com o anúncio de que Vitória da Conquista vai flexibilizar o toque de recolher e o lockdown, o secretariado do governo Herzem Gusmão (MDB), começou a arranjar formas de justificar as alterações. Kairan Rocha, que é secretário de Administração e também presidente do Comitê Gestor de Crise, vem afirmando em diversas entrevistas que as medidas impostas pelo Governo do Estado não surtiram efeito nos números do Coronavírus no município.

Ele chegou a dizer que o toque de recolher tem sido o responsável por aglomerações nos pontos de ônibus e que o fechamento do comércio, de bares e restaurantes e também a proibição de vender bebidas alcoólicas nos fins de semana estão provocando aglomerações nos supermercados durante a semana, o que seria a prova de que o endurecimento das medidas restritivas não estão funcionando.

O secretário, que teve seu discurso endossado pela secretária de Saúde, Ramona Ferreira, durante a sessão especial da Câmara de Vereadores, na última quarta-feira (10), vem adotando agora um discurso a favor do “distanciamento social” e não do “isolamento social”. Segundo os dois, deve-se permitir a abertura do comércio e de bares e restaurantes, no entanto, com uma fiscalização rigorosa acerca do cumprimento dos protocolos de segurança estabelecidos.

No entanto, como foi visto quando essa estratégia foi adotada, o funcionamento desses estabelecimentos provocou aglomerações e não contou com a fiscalização necessária por parte da Prefeitura. Por isso o chamado “isolamento social”, ou seja, o fechamento de estabelecimentos que podem promover aglomerações e a definição de um horário para que as possam circular, vem sendo orientado pelas autoridades de saúde, como uma medida emergencial para conter o colapso.

Com 94% dos leitos de UTI do município ocupados, 466 pacientes com o vírus ativo, 97 solicitações de leitos de UTI na região e na contramão do que vem orientando as autoridades de saúde diante da possibilidade de um colapso do sistema de saúde, tanto Kairan quanto Ramona encontraram nesse discurso a defesa necessária para justificar a flexibilização pretendida e que deve ser anunciada nos próximos dias.

Mesmo com as restrições tendo começado a valer nos últimos 20 dias, os secretários garantem que o tempo já é necessário para observar se as mesmas são eficazes ou não. A insistência também é de que a taxa de ocupação dos leitos de UTI decorre da vinda de pacientes de fora para o município, sem considerar o funcionamento do sistema público de saúde antes da pandemia.


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