Saúde, qualidade de vida e autoestima são três dos relevantes processos de mudança promovidos pela cirurgia bariátrica. Alternativa que, na maioria das vezes, significa uma verdadeira revolução na vida daquelas pessoas que sofrem com a obesidade em estágio avançado. Neste nível, a intervenção cirúrgica de redução do estômago é necessária pois, a obesidade chega a um nível crítico e pode ocasionar doenças secundárias mais graves como: hipertensão, diabetes e disfunções respiratórias.
A Santa Casa de Misericórdia, referência no serviço de Cirurgia Bariátrica, já ajudou vários pacientes a ter mais qualidade de vida e recentemente, resultado de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, firmada no final de 2022, foi habilitada a realizar cirurgia bariátrica por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
A notícia é um grande alívio e sinal de esperança para pessoas que sofrem com o problema, mas que, no entanto, não tem condição de assumir os custos, encontrando no suporte oferecido pelo SUS a possibilidade de apostar na melhoria da qualidade de vida, no caso de passarem pela cirurgia oferecida como serviço público.
A parceria foi consolidada com a agenda de procedimentos que propiciou a primeira cirurgia bariátrica pelo SUS da região Sudoeste, realizada em Vitória da Conquista, no Hospital São Vicente de Paulo, pelo médico cirurgião Dr. Alexandre Freitas Ferreira e sua equipe.
O médico salienta os dois procedimentos mais utilizados no Brasil, que são a gastrectomia ou gastrectomia vertical e o by-pass, cirurgia chamada de capela.
“O paciente na realidade, vai passar por uma equipe multidisciplinar. Primeiramente, ele tem que ter no mínimo dois anos tentando fazer emagrecimento com acompanhamento de um profissional endocrinológico, passar pelo anestesista, nutricionista, psicólogo e a endoscopia”, detalha Dr. Alexandre Freitas Ferreira, afirmando que esse conjunto de procedimentos, junto com o cirurgião bariátrico, faz com que entre em consenso. Para isso “o paciente teria que ter um sobrepeso de um IMC acima de trinta e cinco”, diz.
“Hoje a Santa Casa já dispõe desse credenciamento que nós conseguimos no final do ano passado e a cirurgia realizada foi um sucesso. Nós já fazemos essa cirurgia há muitos anos, por convênio e particular, e hoje conseguimos fazer pelo SUS, e assim alcançamos uma grande quantidade de pacientes da região sudoeste e sul, incluindo Itabuna”, ressaltou Ferreira.
“Só pra se ter noção, durante a pandemia houve uma queda de 21% das cirurgias bariátricas no Brasil, e contrariando esta lógica, a Santa Casa, no sentido inverso, está conseguindo realizar grandes cirurgias e principalmente cirurgia bariátrica. Nós estamos agora num caminho de grandeza em relação a esse procedimento que é um procedimento de excelência”, concluiu.
