Uma denúncia envolvendo o Hospital Esaú Matos, em Vitória da Conquista, gerou questionamentos sobre a falta de planejamento na gestão da unidade. Uma recém-nascida, que nasceu com fenda palatina, permanece internada há 16 dias na semi-UTI, aguardando uma avaliação fonoaudiológica essencial para receber alta.
De acordo com o relato enviado ao Blog do Sena, a mãe teve alta dias após o parto, mas a bebê segue internada porque o hospital não disponibilizou um profissional fonoaudiólogo durante o período de festas e férias. A família questiona a falta de planejamento da instituição.
“No hospital tem dois profissionais. Um entrou em recesso e o outro, em férias. Como uma administração deixa um hospital desse porte sem um profissional reserva? Isso poderia ter sido evitado com uma organização adequada”, relatou o pai.
A ausência de um planejamento eficiente para cobrir as demandas do setor tem causado impactos na rotina da família, tanto emocionais quanto financeiros. Além do desgaste diário com deslocamentos até o hospital, a mãe enfrenta dificuldades emocionais por estar separada da filha:
“A mãe chora todos os dias porque está sem a criança”.
O pai também ressaltou a preocupação com o risco de infecção hospitalar, que aumenta com o prolongamento desnecessário da internação: “Minha filha está na semi-UTI sem precisão, dependendo só de uma avaliação que já poderia ter sido feita há tempo. Graças a Deus, ela está sendo bem assistida, mas o que revolta é a falta de planejamento para evitar isso”.
Além disso, outros bebês também aguardam pela mesma avaliação.