Uma demanda antiga tanto da população de Vitória da Conquista quanto da região sudoeste é a duplicação da BR 116, que vai de Cândido Sales a Jequié.
A administração da estrada é de responsabilidade da concessionária Vi aBahia que tem contrato com o Governo Federal, após vencer um edital de concessão em 2009. O contrato tem validade de 25 anos.
Vários políticos, seja da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista e outros municípios, da Assembleia Legislativa da Bahia ou até da Câmara de Deputados Federal, vêm discutindo o tema e afirmando buscar soluções. A duplicata da via de tornou tema de debates e disputa por parte de políticos que buscam fazer do tema um palanque político, dada sua importância para o desenvolvimento regional.
Em Conquista, além dos políticos, um grupo de empresários e moradores da cidade, intitulado Movimento Duplica Sudoeste, também está abordando o tema. O grupo já se reuniu inclusive com a prefeita de Conquista, Sheila Lemos (DEM), e com a Câmara de Vereadores, que possui uma comissão para tratar especificamente desse pleito.
Na última semana, durante a visita do Ministro da Cidadania, João Roma, o Movimento Duplica Sudoeste fez uma mobilização, na Casa de Eventos Mediterrâneo, onde cumpriu sua primeira agenda da pré-campanha eleitoral, na cidade. Ele é pré-candidato ao governo do estado.
No evento, o movimento estendeu faixas ao longo do espaço e pagou algumas mulheres que realizam o trabalho de panfletagem na cidade para colocar as faixas com mensagens solicitando a duplicação da ViaBahia.
No entanto, como Ministro da Cidadania, João Roma não tem autonomia para buscar resolver essa demanda, uma vez que o Ministério da Cidadania é um órgão do Poder Executivo federal brasileiro, resultante da união do Ministério do Desenvolvimento Social, do Ministério do Esporte e do Ministério da Cultura. No caso, a reivindicação deveria ser direcionada para o Ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que atua no Ministério da Infraestrutura, responsável pela concessão da Via Bahia. E a vinda de João Roma a Conquista, apesar de ainda fazer parte do elenco de ministros do governo Bolsonaro, foi visando as eleições estaduais.
Se apropriando do tema, Roma aproveitou para criticar a empresa, mas sem realizar qualquer proposta de resolução. “A cidade já não aguenta mais o descaso de uma empresa que não tem cumprido com suas responsabilidades”, disse na ocasião.
Como de costume, o ministro esqueceu de mencionar qualquer possível resolução para o problema. Também não mencionou se buscou dialogar com a empresa para entender a situação.