Os professores da rede municipal de Vitória da Conquista seguem mobilizados para que o reajuste do interstício seja atualizado para 8.98%, polêmica que se estende por mais um mês e continua sem respostas satisfatórias para a categoria.
Durante o último dia do Congresso do Simmp, Elenilda Ramos, presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista, declarou ao blog que “o governo anunciou que em agosto, após a portaria interministerial, iria repensar sobre o atual 3% de reajuste salarial para retornar aos 8%, mas a gente ainda está aguardando a administração se manifestar. Nós ainda nem recebemos o contracheque com o ajuste de 3%”, e completou: “o que a gente imagina é que eles talvez não queiram pagar os 8% e estejam na expectativa de nos enrolar”.
Elenilda afirmou que a recente pausa nas manifestações contra a prefeitura ocorreram apenas para organizarem o evento que aconteceu ontem e hoje, e que agora retornarão às atividades de mobilização docente.
Em crítica à administração municipal em relação ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a presidente do sindicato disparou: “Nós voltaremos agora para a luta de todas as formas possíveis, e eu vou te dizer, nós temos muita munição, viu? Muita munição. Temos muitas denúncias de irregularidades no transporte escolar e também da má gestão do dinheiro público enviado pelo FUNDEB e que é administrado pela Secretaria Municipal de Educação”.
O sindicato defende que o desrespeito ao plano de carreira dos professores municipais não se deve à falta de dinheiro, e exemplifica lembrando da recente polêmica acerca do transporte escolar de Bate Pé: “houve dispensas de licitações, contratação de transportes inadequados e que não estão levando os professores. Então, a Secretaria de Educação nega a dispensa de dois dias para realização do Congresso do sindicato da categoria, mas permite que sejam contratados transportes inapropriados sem licitação”.
Durante a preparação e realização do Congresso, o sindicato alertou que os professores temiam sofrer consequências, como faltas em seus contracheques por participarem do evento e tomou medidas legais para proteger os direitos trabalhistas, incluindo o direito de greve. Para o Simmp não há possibilidade de negociação enquanto a gestão municipal tentar rebaixar a categoria.
O Simmp também afirmou que continuará investigando a gestão dos recursos do FUNDEB pela prefeitura e que irá denunciar todas as irregularidades da gestão municipal, inclusive em instâncias superiores.
